Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quarta-feira (24/7), aponta que a insegurança alimentar no Brasil caiu. A insegurança alimentar grave ou moderada era a realidade de 70,3 milhões de brasileiros entre 2020 e 2022. O número de pessoas nessa condição caiu para 39,7 milhões entre 2021 e 2023.
Segundo a metodologia da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a insegurança alimentar grave ocorre quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos e passa um dia inteiro ou mais sem comer. Esse aspecto atingia 9,9% dos brasileiros (21,1 milhões) de 2020 a 2022 e 6,6% dos brasileiros (14,3 milhões) de 2021 a 2023.
Já a insegurança alimentar moderada é quando as pessoas são forçadas a reduzir a qualidade e/ou a quantidade de alimentos que consomem por causa da falta de recursos.
O governo federal celebrou a redução da insegurança alimentar no Brasil. “Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Os dados desta edição nos deixam ainda mais confiantes de que iremos retirar o Brasil do Mapa da Fome no triênio 2023 a 2025. No dado referente apenas a 2023, baixamos de 4,2% para 2,8% em um ano. Cresceu a chance de alcançar média trienal abaixo de 2,5%, o que será um novo recorde mundial”, acrescentou o ministro.
Mapa da fome no mundo
Ainda segundo a ONU, o mundo teve cerca de 733 milhões de pessoas passando fome — ou uma em cada 11 — em 2023. O levantamento mostra que ao contrário de outras regiões, a América Latina tem obtido sucesso na redução da fome. Segundo Torero, “Brasil, Colômbia, Peru e Chile dispõem de sistemas robustos de proteção social que permitem reagir rapidamente às mudanças e direcionar de forma eficiente os recursos financeiros disponíveis”.
Na África, 58% da população vive insegurança alimentar moderada ou grave. Além disso, a falta de acesso a dietas saudáveis também continua a ser uma questão crítica, afetando mais de um terço da população global.
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