SEGURANÇA PÚBLICA

Cidade de quilombo de Mãe Bernadete é a 5ª mais violenta do Brasil

A cidade que abriga o Quilombo de Pitanga dos Palmares, que era liderado pela Mãe Bernadete, assassinada em agosto de 2023, tem índice de violência significativo

Simões Filho, na Bahia, é a 5ª cidade mais violenta do Brasil. Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18/7), apesar de registrar queda no taxa de mortes violentas intencionais de 2022 para 2023, com dimunuição de 87,4% para 75,9% a cidade que abriga o Quilombo de Pitanga dos Palmares, que era liderado pela Mãe Bernadete, ainda tem índice de violência significativo.

A líder quilombola Bernadete Pacífico foi executada a tiros em 17 de agosto de 2023. Antes de morrer, ela chegou a denunciar as violências e ameaças contra o povo tradicional, em encontro com a então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, em julho do ano passado. Bernadete liderava o Quilombo Pitanga dos Palmares, na Bahia, e lutava por justiça pela morte do filho Flávio Gabriel dos Santos.

Também conhecido como Binho do Quilombo, o filho de Mãe Bernadete era representante da Comunidade Quilombola de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, e também foi assassinado, em setembro de 2017.

A Polícia Federal deflagrou, entre a tarde de quarta-feira (17/7) e a manhã desta quinta (18/7), a Operação Palmares com o objetivo de apurar a autoria do assassinato de Flávio Gabriel.

As dez cidades mais violentas do Brasil

Apesar da liderança do Amapá, com o município de Santana, o estado da Bahia foi o que mais se destacou negativamente na lista dos locais mais violentos em 2023, com seis representantes listados. Veja:

  • 1º Santana - Amapá
  • 2º Camaçari - Bahia
  • 3º Jequié - Bahia
  • 4º Sorriso - Mato Grosso
  • 5º Simões Filho - Bahia
  • 6º Feira de Santana - Bahia
  • 7º Juazeiro - Bahia
  • 8º Maranguape - Ceará
  • 9º Macapá - Amapá
  • 10º Eunápolis - Bahia

Divulgação/Anuário Brasileiro de Segurança Pública - Cidades mais violentas no Brasil em 2023

O Correio tenta contato com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para pedir um posicionamento sobre os dados, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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