FEMINICÍDIO

Adolescente morta pelo namorado de 56 anos morava com ele havia um ano

Justiça da Paraíba manteve a prisão preventiva de Gilson Cruz de Oliveira. O crime ocorreu no domingo, em Monteiro, no interior da Paraíba, cidade distante 264km de João Pessoa

O homem de 56 anos acusado de matar a namorada, Maria Vitória dos Santos, de 15 anos, vai continuar preso. Em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (16/7), a Justiça decidiu pela manutenção da prisão em flagrante de Gilson Cruz de Oliveira. O crime ocorreu no domingo, em Monteiro, no interior da Paraíba, cidade distante 264km de João Pessoa.

Segundo as investigações policiais, Gilson e Maria Vitória moravam juntos havia quase um ano. Eles se conheceram há mais ou menos dois anos, quando a adolescente começou a trabalhar na padaria dele. A relação entre os dois logo se tornou abusiva, culminando no trágico assassinato da jovem, segundo parentes e amigos.

Em entrevista ao portal g1, o delegado Sávio Siqueira diss que Gilson se manteve em silêncio, durante a audiência de custódia, se negando a dar detalhes sobre o crime e a motivação. Duas colegas da vítima, que conheciam em detalhes a relação do casal, prestaram depoimento à polícia.

A mãe da adolescente, Maria Lúcia dos Santos Farias, disse à equipe da TV Paraíba, afiliada da TV Globo, que disse que descobriu, quando a filha já estava morando com o suspeito, que eles mantinham relações sexuais desde que se conheceram, o que pode configurar estupro de vulnerável, segundo o Código Penal.

De acordo com o delegado, se for constatado que houve tal relação, ele deverá responder também por estupro de vulnerável, além do feminicídio. No entanto, o policial informou que a mãe da vítima não prestará depoimento por enquanto, por causa das condições emocionais dela. A mãe mora em São Paulo e planejava buscar a filha para viver com ela na capital paulista.

Segundo testemunhas, Maria Vitória e Gilson bebiam em casa, quando começou uma discussão. O homem teria, então, sacado uma arma e realizado diversos disparos contra a jovem, que não teve chance de defesa. "Ele atirou mais de uma vez, ele se certificou de fato acertá-la e acertou de uma maneira que não tinha como ela sobreviver", afirmou o delegado Sávio Siqueira, responsável pelo caso, em entrevista ao portal g1.

Após o crime, Gilson Cruz fugiu do local do crime. Ele acabou localizado e preso pela polícia em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco. Segundo o delegado Sávio Siqueira, responsável pela investigação, a prisão do suspeito foi possível graças ao monitoramento de câmeras de trânsito e à colaboração da Polícia Militar de Pernambuco.

Não se esqueça:

  • A violência contra a mulher é um crime grave e deve ser denunciada. Ligue para 180 ou procure uma delegacia de polícia.
  • Você não está sozinha. Existem diversos órgãos e instituições que podem te ajudar e te apoiar.
  • Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo da violência e construir uma vida livre de medo.

Veja abaixo como e onde pedir ajuda no DF em caso de violência doméstica

  • Ligue 190: Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Uma patrulha é enviada imediatamente até o local. Serviço disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.
  • Ligue 197: Polícia Civil do DF (PCDF).
  • E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
  • WhatsApp: (61) 98626-1197
  • Site: https://www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher
  • Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, canal da Secretaria Nacional de Políticas para as mulheres. Serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, além de reclamações, sugestões e elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima, 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.
  • Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam): funcionamento 24 horas por dia, todos os dias.
  • Deam 1: previne, reprime e investiga os crimes praticados contra a mulher em todo o DF, à exceção de Ceilândia. Endereço: EQS 204/205, Asa Sul. Telefones: 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673. E-mail: deam_sa@pcdf.df.gov.br.
  • Deam 2: previne, reprime e investiga crimes contra a mulher praticados em Ceilândia. Endereço: St. M QNM 2, Ceilândia. Telefones: 3207-7391 / 3207-7408 / 3207-7438.
  • Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. WhatsApp: (61) 99656-5008 - Canal 24h.
  • Secretaria da Mulher do DF. WhatsApp: (61) 99415-0635.

Mais Lidas