Confusão

Repórter da CNN é hostilizada em cúpula da direita em Balneário Camboriú

A repórter foi intimidada e precisou deixar o local acompanhada por policiais militares que faziam a segurança na área externa do evento

A repórter da CNN Brasil Isadora Aires foi hostilizada enquanto trabalhava na cobertura da Conferência de Ação Política Conversadora (Cpac), na manhã deste domingo (8/7). O evento ocorreu em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. 

Isadora estava dentro do Centro de Convenções se preparando para entrar ao vivo, quando foi cercada por pessoas que participavam do evento. Aos gritos de "lixo" e "fora", a jornalista foi intimidada e obrigada a deixar o local. 

Na saída, ela precisou ser escoltada por policiais militares que faziam a segurança na área externa. De acordo com a CNN, a repórter estava credenciada e atendia a todos os requisitos do evento. Em nota, a emissora classificou o ocorrido como "uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão". 

"Durante o evento da CPAC, em Santa Catarina, a repórter Isadora Aires, da CNN, foi hostilizada por manifestantes durante o exercício de sua atividade profissional e teve de ser retirada do local e levada para um ambiente seguro. Isadora Aires é uma profissional séria e vem reportando os acontecimentos do evento há dois dias de forma correta e equilibrada. Ela recebeu todo o apoio da direção da empresa. A CNN Brasil considera esse tipo de atitude uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão e não se intimidará em realizar sua cobertura, apartidária e sem viés ideológico", diz a nota da CNN.

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A Cpac surgiu nos Estados Unidos e foi trazida ao Brasil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro em 2019. Neste ano, a lista de palestrantes contava com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Javier Milei e os deputados federais Nikolas Ferreira, Julia Zanatta e Caroline de Toni. 

Correio entrou em contato com a Cpac, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

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