A onda fria enfrentada no Rio Grande do Sul provocou, nesta terça-feira (2/7), a menor temperatura do ano em diversas regiões, sendo a mais baixa registrada na cidade Pinheiro Machado, no sul do estado, com -5,3ºC. De acordo com a MetSul Meteorologia, devido às baixas temperaturas, muitas regiões registraram geadas, como Porto Alegre e alguns lugares no interior do estado.
A menor temperatura do ano na capital também foi registrada hoje, com 1,7ºC, recorde de mínima pelo terceiro dia seguido. As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Marcelo Dutra, doutor em ciências, ecólogo e professor da Universidade Federal de Rio Grande (UFRG), conta que esse frio está dentro da normalidade e já era esperado para esta época do ano. Porém,“ os problemas recorrentes em temperaturas tão baixas depois de chuvas destrutivas como as que aconteceram recentemente são relacionados às doenças respiratórias, que ficam mais fortes em momentos como este”, alerta.
O professor lembra ainda que o frio já traria complicações independentemente das chuvas, mas, “diante do cenário de mudança climática que vem produzindo eventos extremos como o de muita chuva, alagamentos, enxurradas e inundações pelos quais nós passamos, tudo fica mais grave”.
E ressalta outro complicador: o fato de que muitas pessoas ainda não voltaram para suas casas, pois “estão abrigadas nas cidades provisórias e vão ficar nesses centros de acolhimento por algum tempo”. Para essas pessoas, é mais difícil monitorar o frio e suas consequências.
Ainda de acordo com a MetSul, a temperatura mais baixa deve persistir pelo menos até meados de julho, com dias frios e dias muito frios. No entanto, as chuvas devem se manter em baixa durante o período, sem perigo de inundar áreas que já estão secas.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
Saiba Mais