O nível do Guaíba ficou abaixo da cota de alerta, na noite de segunda-feira (1º/7), e baixou ainda mais, para 3,11 metros, na medição feita pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul (Sema-RS), às 9h desta terça-feira (2). O lago não atingia essa nível desde quarta-feira passada (19/6). De lá para cá, oscilava entre a cota de alerta (3,15m) e a de inundação (3,6m).
De acordo com previsões do Instituto de Pesquisas Hidráulicas, os próximos dias serão de redução lenta dos níveis do Guaíba, com permanência abaixo da cota de alerta. Por não ter previsão de precipitações consideráveis, o IPH informa que o lago pode ter oscilações devido a ventos, mas não devem provocar repiques no momento.
Segundo Marcelo Dutra, doutor em ciências e ecólogo da Universidade Federal de Rio Grande (UFRG), o que gerou a subida recente, acima da cota de alerta, foi a presença de chuvas, que são regulares neste período. “É muito fácil que o Guaíba se encha fácil agora, porque o solo está saturado de água, os outros corpos hídricos também estão saturados e cheios de materiais sedimentares. As erosões já eram um problema presente devido ao aumento de sedimentos em razão do mal uso do solo histórico, e com as últimas chuvas, ficou mais delicado ainda”, explica.
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O Jacuí, que foi responsável pela cheia que afetou 100% da área urbana de Eldorado do Sul, além de representar mais de 80% das águas que chegam no lago Guaíba em Porto Alegre, estava em 4,22m na manhã ontem. Ainda de acordo com a última medição divulgada pela prefeitura do município, o rio já está em 3,75m, 2,25m abaixo da cota de inundação.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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