A belo-horizontina Maria Eduarda Porto, de 16 anos, sonha em se tornar uma atleta profissional de natação e, apesar da pouca idade, a jovem já coleciona muitas vitórias. Duda, como é chamada carinhosamente pelos familiares e amigos, é paciente renal crônica e já passou por 19 cirurgias, 11 meses de hemodiálise e um transplante de rim. Agora, ela quer encarar um novo desafio: o Mundial de Transplantados, que acontece no ano que vem em Dresden, na Alemanha. Para isso, ela precisa de R$ 56 mil para custear a estadia e passagens aéreas — e está pedindo contribuições.
Membro da Liga Brasileira de Transplantados, Duda nasceu prematuramente no sexto mês de gestação, com o funcionamento renal comprometido. Apenas 30% do rim esquerdo e 40% do direito operavam. Aos dois anos de idade, o rim direito necrosou e precisou ser retirado. Ela realizou uma vesicostomia cutânea, que funciona como uma abertura na bexiga. “Os médicos disseram que minha filha faria muitas cirurgias, que era para esperar se recuperar de uma e já fazer a outra”, conta Valeska Porto, mãe da jovem.
Quando a vesicostomia foi realizada, o rim de Maria Eduarda estava com uma capacidade ainda menor. Foi aí que uma médica sugeriu que a menina começasse a praticar um esporte. “Ela começou no balé, não gostou. Foi para a ginástica, também não quis. Na mesma academia tinha natação, aí ela escolheu e está até hoje”, explica.
Ao longo dos anos, entre uma cirurgia e outra, Duda precisou deixar a natação para se recuperar. “A Duda nunca desistiu, sempre voltava, é o que ela ama. Nada a impede de se tornar uma atleta, é o sonho dela”, afirma a mãe de Maria Eduarda.
Aos 11 anos, ela recebeu a notícia de que faria o transplante de rim. “Foi o ‘sim’ de uma família que salvou a minha filha. Se não fosse o transplante, ela não poderia sonhar, não teria expectativas, objetivos…Isso é muito importante”, pontua.
De olho no mundial
Duda foi convidada para representar o Brasil como atleta de natação no Transplant Games of America (TGA), que ocorreu neste mês de julho nos Estados Unidos, porém, não conseguiu recursos para arcar com as despesas. No ano que vem, ela tem a chance de ir para a Alemanha no Mundial de Transplantados, mas precisa de R$ 56 mil para custear a estadia e passagens aéreas. Clique aqui para contribuir com a Vakinha online.
A mãe de Maria Eduarda fez uma vaquinha on-line, que já soma R$ 17,5 mil. “Minhas expectativas são altas. Precisamos de muita ‘grana’, mas eu não vou desistir porque quero sair do país, vai ser muito bom para a minha carreira”, afirma a atleta.
“Sem um patrocínio, um apoio, fica muito difícil. O atleta não consegue ir para frente. Ela quer continuar, treina incansavelmente todos os dias no mesmo horário, mas se não conseguirmos o dinheiro, não vai dar para ir ao Mundial”, lamenta Valeska.
* Texto produzido pela estagiária Larissa Figueiredo sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa
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