Projeção do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indica uma intensificação da situação de seca em diversas regiões do Brasil neste mês. O levantamento mostra que 1.025 municípios estão em seca severa, 70 em extrema, 1.378 em moderada e 1.114 em fraca.
No interior de São Paulo, a seca severa deverá se agravar, atingindo 65% do estado. A área entre o sul de Goiás, São Paulo e sudoeste de Minas Gerais também poderá apresentar um aumento no número de municípios classificados com seca severa. Brasília, capital do país, se encontra em seca moderada.
Veja o mapa:
Segundo o órgão vinculado ao governo federal, o aumento da seca no Brasil demanda atenção e medidas preventivas para mitigar os impactos socioeconômicos e ambientais.
Na Bacia do Rio Paraná, a situação de seca deverá permanecer crítica ao longo do mês de julho, com condições de seca variando de moderada a extrema em algumas áreas. Esse quadro mantém a região em estado de alerta, necessitando de ações estratégicas para minimizar os impactos, especialmente aqueles decorrentes do risco de fogo.
De acordo com a avaliação do Cemanden acerca dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens, 739 municípios apresentaram pelo menos 40% das áreas de uso impactadas no mês de maio. O estado de Minas Gerais teve 335 municípios com mais de 80% da área agroprodutiva afetada pela seca.
O órgão também cita a relação entre a seca severa e a pobreza. "Em 9 municípios do Amazonas e 2 no Acre, mais de 75% das famílias vivem com renda abaixo de R$218,00 e enfrentam a condição de seca severa. Essa combinação agrava a vulnerabilidade dessas populações", diz o Cemaden.
"A falta de chuva compromete a produção de alimentos, aumenta a insegurança alimentar e intensifica a vulnerabilidade social. Além disso, a seca tem causado o isolamento de comunidades e problemas de abastecimento de insumos nos municípios afetados", emenda.
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