A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu, neste sábado (20/7), um alerta epidemiológico sobre a identificação de possíveis casos de transmissão do vírus Oropouche de mãe para filho na gestação — que estão sob investigação no Brasil.
Entre janeiro e meados de julho, quase 7,7 mil casos confirmados de Oropouche foram notificados em cinco países das Américas, com o Brasil registrando o número mais alto, de 6.976. O país foi seguido pela Bolívia, Peru, Cuba e Colômbia.
- Leia também: Febre Oropouche: saiba o que é, sintomas e cuidados
Segundo a Opas, entre os sintomas da doença estão a aparição repentina de febre, dor de cabeça, rigidez articular, dores e, em alguns casos, fotofobia, náuseas e vômitos persistentes que podem durar de cinco a sete dias. O patógeno é transmitido ao ser humano por meio da picada de um inseto conhecido como maruim, assim como por espécies do mosquito culex.
Neste mês, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com recomendações para a intensificação da vigilância de transmissão vertical do vírus Oropouche. Como medidas de proteção para gestantes o órgão orienta evitar áreas onde há muitos insetos; usar telas de malha fina em portas e janelas; utilizar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele; manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos, de locais de criação de animais e o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
"Em julho de 2024, em investigação laboratorial de um caso de óbito fetal com 30 semanas de gestação, foi identificado material genético do OROV em sangue de cordão umbilical, placenta e diversos órgãos fetais, incluindo tecido cerebral, fígado, rins, pulmões, coração e baço. Essa é uma evidência da ocorrência de transmissão vertical do vírus. Análises laboratoriais e de dados epidemiológicos e clínicos estão sendo realizadas para a conclusão e classificação final desse caso", pontuou o Ministério da Saúde.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br