Integrantes da comitiva enviada pelo governo federal na terça-feira (17/7), acompanhados por representantes do governo do Mato Grosso do Sul, visitaram duas localidades para mediar conflitos fundiários nesta quinta-feira. Indígenas visitados disseram que foram atacados por homens armados.
O objetivo da visita era verificar a situação dos guarani-kaiowá e ouvir as demandas. Segundo o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Luiz Eloy Terena, também vão garantir a segurança dos envolvidos nos recentes confrontos. O Tekoha Kunumi, considerado um território sagrado, foi palco de um ataque ocorrido na última segunda-feira (15/7).
“Além da escuta às lideranças, as equipes implementaram uma estratégia para proteção junto aos indígenas até a chegada da Força Nacional de Segurança Pública, e vêm mediando a situação para que novos ataques não aconteçam”, ressaltou Eloy.
“Os indígenas relataram terem sido cercados por caminhonetes, e atacados com disparos de arma de fogo e bala de borracha mesmo com a presença de mulheres e crianças no local””, informou o secretário. Uma jovem chegou a ser atingida na perna, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Comissão com agentes federais atuarão nos próximos 3 meses e oferecerão apoio às ações da Polícia Federal e em articulação com os órgãos de segurança pública do estado. A decisão aconteceu devido à recente escalada de conflitos entre indígenas e fazendeiros desde o último fim de semana.
* Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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