Uma pessoa sofreu o crime de estelionato, conhecido também como roubo, a cada 16 segundos, de acordo com o Anuário de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18/7). Os dados revelam que o crime passou a ser o mais frequente no Brasil em 2023.
O levantamento detalha que foram registrados 1.965.353 golpes ao longo de todo o ano passado, um aumento de 8,2% de estelionatos em relação a 2022 e de 360% desde 2018. O número ultrapassou os crimes de rua, que apresentaram queda.
A pesquisa avalia que houve uma reconfiguração do modus operandi dos criminosos envolvendo os delitos de estelionato, entre a última pesquisa e a divulgada nesta quinta (18) muito em razão da pandemia de covid-19.
Entre 2022 e 2023 m os estelionatos por meio virtual subiram 13,6% enquanto o total de golpes cresceu 8,2%. Registro de roubos a bancos e demais instituições financeiras, por exemplo, apresentaram uma queda de quase 30% no mesmo período, seguidos dos roubos a estabelecimentos comerciais (-18,8%).
O relatório considera ainda que, como passou a existir uma tipificação específica para o crime, em 2021, envolvendo o crime de fraude eletrônica, o número de registro passou a ser maior. Anteriormente, casos do tipo eram tipificados em outros tipos de crime.
São Paulo foi a unidade da Federação com o maior crescimento de registros totais de estelionatos, com aumento de 22,7%, um índice três vezes maior do que a média nacional. Rondônia aparece em segundo, com 19,6% de aumento, e Paraíba, com 13,7% de aumento.
O Amapá é o único estado que aparece contra essa crescente, e obteve queda de 16,8% nos estelionatos entre 2022 e 2023.
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