FEMINICÍDIO

Namorado que matou menina de 15 anos é investigado por estupro de vulnerável

Segundo a Polícia Civil da Paraíba, a mãe da vítima, Maria Lúcia dos Santos Farias, foi ouvida formalmente nesta quarta-feira (17) e confirmou em depoimento que a menina passou a ser abusada aos 13 anos

Gilson e Maria Vitória moravam juntos havia quase um ano. Eles se conheceram há mais ou menos dois anos, quando a adolescente começou a trabalhar na padaria dele -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Gilson e Maria Vitória moravam juntos havia quase um ano. Eles se conheceram há mais ou menos dois anos, quando a adolescente começou a trabalhar na padaria dele - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil da Paraíba abriu uma nova linha de investigação em relação ao assassinato de Maria Vitória dos Santos, 15 anos, ocorrido no domingo passado (14/7), em Monteiro, cidade distante 264km de João Pessoa. Os investigadores apuram agora se Gilson Cruz de Oliveira Monteiro, 56 anos, o principal suspeito do crime, praticou também estupro de vulnerável, conforme informações do delegado Sávio Siqueira.

Segundo informações repassadas para a imprensa pela Polícia Civil da Paraíba, a mãe de Maria Vitória dos Santos, Maria Lúcia dos Santos Farias, foi ouvida formalmente nesta quarta-feira (17) e confirmou em depoimento que a menina passou a ser abusada aos 13 anos. A mãe da adolescente disse à equipe da TV Paraíba, afiliada da TV Globo, que descobriu o caso entre os dois quando a filha já estava morando com o suspeito. Maria Lúcia mora em São Paulo e planejava buscar a filha para viver com ela na capital paulista.

De acordo com fontes policiais, Gilson e Maria Vitória moravam juntos havia quase um ano. Eles se conheceram há mais ou menos dois anos, quando a adolescente começou a trabalhar na padaria dele. A relação entre os dois logo se tornou abusiva, culminando no trágico assassinato da jovem, de acordo com parentes e amigos.

Em entrevista à imprensa, o delegado responsável pelo caso afirmou que, apesar do depoimento da mãe, ainda vai ouvir outras pessoas para reunir mais informações para saber se houve mesmo o crime de estupro de vulnerável. De acordo com o portal g1, segundo o delegado, Gilson disse em conversa informal na delegacia que teria atirado em Maria Vitória depois dela ter feito uma brincadeira sobre uma briga que o homem se envolveu no começo do ano. Na ocasião, ele foi encontrado desacordado dentro de um carro.

Gilson passou por audiência de custódia na terça-feira (16/7) e preferiu ficar em silêncio perante o juiz. Ele teve mantida a prisão em flagrante. "Pelas conversas que eu tive, ele é um cara extremamente sádico, violento, sempre foi. E já tinha feito diversas ameaças a ela, pelo que tem se levantado. Ainda não há um laudo da perícia com quantos disparos ocorreram, mas foram vários", afirmou o delegado ao g1.

O Código Penal Brasileiro estabelece que ter conjunção carnal ou praticar qualquer outro ato libidinoso com menor de 14 anos constitui estupro de vulnerável, com pena de reclusão de oito a 15 anos, mesmo que haja consentimento da vítima.

Após o crime, Gilson Cruz fugiu do local do crime. Ele acabou localizado e preso pela polícia em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco. Segundo o delegado Sávio Siqueira, responsável pela investigação, a prisão do suspeito foi possível graças ao monitoramento de câmeras de trânsito e à colaboração da Polícia Militar de Pernambuco.

Não se esqueça:

  • A violência contra a mulher é um crime grave e deve ser denunciada. Ligue para 180 ou procure uma delegacia de polícia.
  • Você não está sozinha. Existem diversos órgãos e instituições que podem te ajudar e te apoiar.
  • Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo da violência e construir uma vida livre de medo.

Veja abaixo como e onde pedir ajuda no DF em caso de violência doméstica

  • Ligue 190: Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Uma patrulha é enviada imediatamente até o local. Serviço disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.
  • Ligue 197: Polícia Civil do DF (PCDF).
  • E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
  • WhatsApp: (61) 98626-1197
  • Site: https://www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher
  • Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, canal da Secretaria Nacional de Políticas para as mulheres. Serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, além de reclamações, sugestões e elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima, 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.
  • Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam): funcionamento 24 horas por dia, todos os dias.
  • Deam 1: previne, reprime e investiga os crimes praticados contra a mulher em todo o DF, à exceção de Ceilândia. Endereço: EQS 204/205, Asa Sul. Telefones: 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673. E-mail: deam_sa@pcdf.df.gov.br.
  • Deam 2: previne, reprime e investiga crimes contra a mulher praticados em Ceilândia. Endereço: St. M QNM 2, Ceilândia. Telefones: 3207-7391 / 3207-7408 / 3207-7438.
  • Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. WhatsApp: (61) 99656-5008 - Canal 24h.
  • Secretaria da Mulher do DF. WhatsApp: (61) 99415-0635.

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postado em 17/07/2024 17:00 / atualizado em 17/07/2024 17:08
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