Questão indígena

Em cinco meses, governo completa mil operações na TI Yanomami

De acordo com a Casa Civil, o número de alertas de garimpo em território yanomami registrou queda de 73% nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2024, comparado ao mesmo período de 2023

Governo federal intensifica presença em áreas indígenas para a retirada de garimpo ilegal desde do início do ano 
 -  (crédito: ALAN CHAVES / AFP)
Governo federal intensifica presença em áreas indígenas para a retirada de garimpo ilegal desde do início do ano - (crédito: ALAN CHAVES / AFP)

A Casa de Governo, em Boa Vista (RR), contabilizou a milésima operação de segurança para a retirada de garimpo ilegal na região de Palimiú, em Roraima. Desde do início do ano, já foram apreendidos 18 aeronaves, 72 mil litros de óleo diesel, 467 motores, entre outros equipamentos de garimpo. No total, foram presas 59 pessoas suspeitas de atividade ilegal nas áreas de proteção. O governo pretende continuar com o programa para os próximos meses para consolidar a retirada dos garimpos. 

De acordo com a Casa Civil, o número de alertas de garimpo na Terra Indígena (TI) Yanomami registrou queda de 73% nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2024, comparado ao mesmo período de 2023. Além disso, os custos para a atividade ilegal ficaram 40% mais caros. A estrutura da Casa de Governo atende, desde fevereiro deste ano, mais de 27 mil habitantes que vivem no território indígena e conta com a ajuda de órgãos como Polícia Federal, Abin, Funai e Ibama. 

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O diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, acredita que o primeiro passo é a retirada efetiva das atividades ilegais para, então, começar os trabalhos de apoio de saúde, educação e segurança aos ianomâmis. “Sem o garimpo, damos espaço para que novas e mais medidas sejam implementadas pelos órgãos federais que atuam na pauta indígena. Ainda é preciso muito apoio para o resgate do povo ianomâmi, porque os estragos do garimpo, como a contaminação por mercúrio, a disseminação de doenças, somados aos anos de descaso, deixaram uma herança de terra arrasada. É para mudar esta realidade que estamos trabalhando incansavelmente”, destacou.   

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 16/07/2024 15:05 / atualizado em 16/07/2024 15:07
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