Em um marco histórico para a cultura na região Norte do Brasil, o Banco da Amazônia e o Ministério da Cultura (MinC) realizarão nesta quinta-feira (11/7), em Belém, a cerimônia de assinatura dos três primeiros contratos do programa Rouanet Norte. Com um aporte financeiro de R$ 24 milhões, a iniciativa visa incentivar 125 projetos culturais locais, o que vai impulsionar a indústria criativa da Amazônia.
Dos 125 projetos, a distribuição por estados ficou em: 14 do Amapá, 14 do Acre, 33 do Pará, 20 do Tocantins, 15 do Amazonas, 14 de Roraima e 15 de Rondônia. O Rouanet Norte foi concebido para atender a uma demanda antiga: a necessidade de descentralizar os recursos da Lei Rouanet e fomentar a cultura em regiões historicamente desassistidas. Lançado em novembro de 2023, o programa é fruto da colaboração entre o Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, e busca dar protagonismo aos agentes culturais dos estados do Norte.
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"O programa tem o objetivo de democratizar o acesso às manifestações artístico-culturais na região amazônica, fortalecendo as cadeias produtivas do setor cultural", explicou o analista de patrocínio do Banco da Amazônia e membro avaliador do programa, Geraldo Monteiro Júnior. "As propostas contempladas abrangem uma ampla gama de linguagens artísticas, incluindo artes cênicas, música, artes visuais e literatura", acrescentou.
Além da assinatura dos contratos, será também formalizado um Protocolo de Intenções entre o Banco da Amazônia e o MinC, visando desenvolver ações integradas de cooperação técnico-científica e cultural, promovendo o intercâmbio de conhecimentos para fortalecer a economia do setor cultural na região Norte. A iniciativa é vista como um ponto de partida para a criação do primeiro Centro Cultural do Banco da Amazônia na região, que será localizado em Belém.
A cerimônia contará com a presença de Luiz Lessa, presidente do Banco da Amazônia, e da ministra da Cultura, Margareth Menezes. Segundo Lessa, as parcerias institucionais devem ampliar a circulação da produção cultural e fortalecer a política cultural do Banco da Amazônia.
O Rouanet Norte foi uma solução proposta pelo Secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, Henilton Menezes, como uma ação para a descentralização dos recursos culturais no Brasil.
"Esperamos que essa iniciativa inspire outras empresas a reconhecerem a importância de nacionalizar os recursos destinados à cultura", declarou Menezes. A participação conjunta de quatro empresas financiadoras da Lei Rouanet é inédita para declarar compromisso com o desenvolvimento cultural da Amazônia.
A gerente da Central de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, destaca a criação do primeiro Centro Cultural do Banco da Amazônia como uma ação importante.
"Embora a sede esteja localizada em Belém, nosso objetivo é expandir essa iniciativa para outros estados onde atuamos", explicou Ruth Helena Lima. "Queremos fazer a diferença na vida das pessoas, promovendo mais cultura, emprego e renda para a região".
O Protocolo de Intenções abrange diversas diretrizes, como a promoção da democratização do acesso às cadeias produtivas culturais, apoio à produção artística, e o lançamento de editais para ocupação dos novos Centros Culturais. "Nossa missão é fomentar a economia da cultura e desenvolver as cadeias produtivas do setor cultural", concluiu Ruth.
*Estagiária sob a supervisão de Pedro Grigori
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