![Figura da cabocla em cortejo durante a comemoração à Independência do Brasil na Bahia. Essa personagem representa a participação de mulheres na luta contra tropas portuguesas do Brasil - (crédito: Reprodução/Instagram Gov Bahia) Figura da cabocla em cortejo durante a comemoração à Independência do Brasil na Bahia. Essa personagem representa a participação de mulheres na luta contra tropas portuguesas do Brasil - (crédito: Reprodução/Instagram Gov Bahia)](https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/07/02/675x450/1_cabocla_dois_de_julho-38628386.png)
Baianos e turistas participam, nesta terça-feira (2/7), das celebrações da Independência do Brasil na Bahia. A data marca a expulsão das tropas portuguesas do solo brasileiro, em 1823. O episódio contou com dias de conflitos entre brasileiros e portugueses com o objetivo de concretizar a Independência do país, anunciada em 7 de setembro de 1822, por Dom Pedro I, com o Grito do Ipiranga.
A comemoração dos 201 anos do Dois de Julho, nesta terça, conta com desfiles dos carros com os personagens do Caboclo e da Cabocla, símbolos da luta popular contra os portugueses. Esse cortejo tem a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de lideranças políticas.
Importância histórica
Um ano atrás, na comemoração dos 200 anos do Dois de Julho, o Correio conversou com historiadores sobre a importância histórica da data que concretizou a expulsão dos portugueses. Ricardo Carvalho, historiador, destacou a participação das mulheres no processo de independência. Como exemplo, ele citou a figura de Maria Quitéria, uma mulher que se vestiu de homem para compor o exército baiano na expulsão dos portugueses.
"Maria Quitéria é a Mulan brasileira, porque mesmo à revelia dos pais, ela consegue se disfarçar de homem, usar a farda de um cunhado e adotar o nome fictício de soldado Medeiros", explica o historiador. Nascida em 1792, Maria Quitéria cresceu em uma região conhecida como São José da Itapororoca (atual cidade "Maria Quitéria", a 129 km de Salvador).
A participação feminina durante a Independência do Brasil na Bahia também abrange nomes como Maria Felipa e Joana Angélica. A primeira, uma mulher escravizada liberta, liderou em janeiro de 1823 um grupo de mulheres para derrotar soldados e queimar embarcações portuguesas.
Já Maria Angélica, que era uma freira, morreu em defesa dos interesses brasileiros. Isso porque, em 1822, ela reagiu à invasão das tropas portuguesas ao Convento da Lapa, em Salvador, e foi assassinada com um golpe de baioneta na cabeça.
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