INVESTIGAÇÃO

Caso Djidja: mãe e irmão vão responder por 14 delitos

A mãe e o irmão de Didja foram presos na última quinta-feira (30/5) por suspeita de serem fundadores de uma seita religiosa responsável por fornecer e distribuir a cetamina

Mãe e irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, poderão responder por tráfico de drogas, tortura culminando em morte, e outros 12 delitos. Após a conclusão do inquérito, a Polícia Civil deve indiciar um total de 11 pessoas, conforme anunciado nesta quarta-feira (19/6) pelo delegado Cícero Túlio, responsável pelas investigações do caso.

"Se estivesse em vida ela seria um dos alvos da operação", acrescentou o delegado Cícero Túlio, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20). 

Além da mãe e do irmão de Djidja, também estão presos funcionários do salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, o coach e ex-personal trainer da família, e dois funcionários de uma clínica veterinária suspeitos de fornecer cetamina ao grupo.

O delegado acrescenta que Hatus Silveira, o personal trainer, fazia o intermédio da família Cardoso com a veterinária que fornecia a cetamina.  

A Justiça do Amazonas concedeu prisão domiciliar à maquiadora Claudiele Santos da Silva, ao maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas e a um dos funcionários da clínica veterinária acusada de fornecer cetamina.

A investigação teve duas operações, que resultaram nas prisões de 10 pessoas. Na primeira fase, os mandados de busca e apreensão autorizados pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) foram cumpridos em residências da família Cardoso, em unidades do Belle Femme, além de clínicas veterinárias como a MaxVet.

Já a segunda fase da operação, cumprindo mandados de prisão contra o ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto Lima, o ex-fisiculturista Hatus Silveira e dois funcionários de estabelecimento que fornecia drogas ao grupo investigado. O veterinário José Máximo, dono da clínica veterinária MaxVet e responsável por outros estabelecimentos, também foi preso.


Quem era Djidja Cardoso

A empresária foi por cinco anos foi uma das estrelas do Festival de Parintins. Ela foi encontrada morta no dia 28 de maio. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração. A principal hipótese da polícia é que a morte tenha relação com uma overdose de cetamina, uma substância anestésica com efeitos alucinógenos e sedativos quando usada de forma recreativa.

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