O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou, na manhã desta terça-feira (4/6), o repasse de verbas imediatas para auxiliar na reconstrução de escolas e unidades básicas de saúde. Os R$ 62 milhões fazem parte do Plano Rio Grande, que prevê ações para recuperar o que foi perdido na maior tragédia ambiental que o estado já viveu.
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Para a educação, o montante total destinado é de R$ 46,6 milhões, que serão divididos em três programas. O "Agiliza" é o maior deles, com R$ 22 milhões a serem destinados a contratação de serviços e equipamentos menores para agilizar o processo de retomada das aulas. Ao todo, 1.087 escolas gaúchas foram impactas pelas fortes chuvas em 255 municípios.
Um projeto para adquirir merenda escolar também será implementado, com R$ 18,2 milhões para a compra de alimentos. De acordo com o governo, algumas escolas utilizaram os alimentos estocados para oferecer nos abrigos que estavam em suas dependências e outras precisaram doar para que eles não estragassem. Por isso, eles precisam repor o estoque. Há também a previsão de R$ 6,3 milhões para a compra de novos mobiliários, como classes e cadeiras.
"É importante comentar que a gente não espera que as escolas se resolvam sozinhas, mas é que a gente aposta na colaboração em várias frentes. Colocamos esse dinheiro na mão dos diretores e eles já fazem compras imediatamente necessárias, enquanto o estado está viabilizando os outros equipamentos maiores, mais robustos, mais custosos", explicou o governador, que também chamou a atenção para os mais de R$ 200 milhões, já anunciados, que serão utilizados para a construção de 22 novas escolas.
Mais saúde
Os recursos anunciados nesta terça-feira referem-se a estabelecimentos de saúde com exceção de hospitais, que já tiveram verba repassada. Os beneficiados são farmácias, unidades básicas de saúde, unidades de pronto-atendimento, Centros de Reabilitação Psicológica, entre outros. Serão R$ 15 milhões ofertados para a compra de equipamentos desses locais.
De acordo com o governador, essa é uma maneira de acelerar um processo que muitas vezes, acaba demorando via Ministério da Saúde, através do Investe SUS. "O estado costuma fazer isso com a menor burocracia possível, mas o que a gente observa é que mesmo com boa vontade, esse tipo de investimento precisa de aprovação que demora no Ministério da Saúde", disse Leite.
Além disso, R$ 1 milhão será utilizado para a compra de câmaras frias para o armazenamentos de vacinas e medicamentos. A distribuição será definida através do porte de cada município - por exemplo, com até 10 mil habitantes, será enviado uma câmara fria, e os com mais de 100 mil pessoas serão seis.