Com a nova subida do nível do Lago Guaíba, as autoridades do Rio Grande do Sul estraram em alerta e acompanham de perto o aumento do acúmulo de água. A cota de preocupação em Porto Alegre foi atingida às 23h de quarta-feira. De acordo com a medição feita, ontem, na Usina do Gasômetro pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), o nível estava em 3,28m, mas desceu a 3,12m pela manhã e, no fim da tarde, subiu para 3,27m — a cota de alerta é de 3,15m.
Da meia-noite até as 14h de ontem, choveu entre 64mm e 79mm em Porto Alegre, segundo a Defesa Civil da capital. Poucos dias depois de regressarem para as casas, inundadas nas enchentes de maio, famílias das chamadas ilhas de Porto Alegre e de bairros como Humaitá e Navegantes voltaram a presenciar o aumento dos níveis dos rios. Em bairros da Zona Norte da capital gaúcha, a água voltou a entrar em algumas residências.
Em um dos municípios mais afetados pelas chuvas de maio, Eldorado do Sul — na região metropolitana de Porto Alegre —, 5,4 mil pessoas precisaram abandonar as casas novamente devido aos riscos de inundação. Dessas, 115 pessoas foram alojadas em abrigos públicos.
Na Ilha de Pintada, onde o nível do Rio Jacuí subiu, os moradores também voltaram a ficar apreensivos. A região margeia o curso d'água e o cenário ainda é de destruição, com montanhas de entulhos por todos os lados, casas destruídas e carros de cabeça para baixo.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o estado enfrentará mais chuvas nos próximos dias. A previsão é que que haja pancadas fortes isoladas, sobretudo na Metade Norte do Rio Grande do Sul. O cenário de altos índices pluviométricos persistente dos últimos dias está relacionado a um "rio atmosférico" que se forma no interior do continente.
Esse "rio voador" transporta uma grande quantidade de umidade da Região Amazônica e da parte tropical do Oceano Atlântico — que está superaquecido — até o Rio Grande do Sul. (Com Agência Brasil)
*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi
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