Ministério da Justiça

Brasil tem 58,6 mil pedidos de refúgio em 2023; venezuelanos e cubanos lideram

No mesmo ano, 138 mil solicitações foram analisadas pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), representando 235% de aumento em relação a 2022

Na comparação entre 2022 e 2023, foram 8,2 mil pessoas a mais pedindo refúgio no país. Esses pedidos foram feitos por pessoas de 150 nacionalidades, sendo a maioria venezuelanos (29 mil), cubanos (11,4 mil) e angolanos (3,9 mil). -  (crédito: Mayara Souto/CB/D.A. Press)
Na comparação entre 2022 e 2023, foram 8,2 mil pessoas a mais pedindo refúgio no país. Esses pedidos foram feitos por pessoas de 150 nacionalidades, sendo a maioria venezuelanos (29 mil), cubanos (11,4 mil) e angolanos (3,9 mil). - (crédito: Mayara Souto/CB/D.A. Press)

O Brasil teve 58,6 mil novos pedidos de refúgios em 2023. No mesmo ano, 77 mil solicitações foram aceitas, os dados incluem pedidos realizados em 2023 e em anos anteriores. As informações são do relatório Refúgio em Números, apresentado pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) nesta quinta-feira (13/6), em Brasília. No mesmo evento, foi detalhado o relatório mundial sobre o assunto da Agência ONU para Refugiados (Acnur). 

De acordo com os dados, na comparação entre 2022 e 2023, foram 8,2 mil pessoas a mais pedindo refúgio no país. A maior parte deles (72%) foram solicitados na região Norte. 
Esses pedidos foram feitos por pessoas de 150 nacionalidades, sendo a maioria venezuelanos (29 mil), cubanos (11,4 mil) e angolanos (3,9 mil). Entre os três grupos, houve um grande aumento na comparação ano a ano de cubanos, com 109% de crescimento.  
“O Brasil passou a ser, a partir dos movimentos de refúgio e migração, mais negro e mais latino. Antes, a população era mais branca e europeia historicamente. A partir da década passada, temos uma composição mais latina, negra e também asiática. É uma mudança na configuração, fenótipo e também exige mais políticas públicas”, destacou Leonardo Cavalcanti, representante da OBMigra. 
Responsável pelo concedimento de refúgio no país, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) analisou mais de 138 mil pedidos no último ano. O valor representa um aumento de 235% em relação a 2022.

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postado em 13/06/2024 13:03 / atualizado em 13/06/2024 13:04
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