A chuva retorna ao Rio Grande do Sul no próximo fim de semana, com acumulados significativos em algumas áreas, antecipa a MetSul Meteorologia. Embora não sejam esperadas marcas tão extremas quanto aquelas observadas no fim de abril e início de maio, a situação ainda chama atenção. O estado enfrenta as consequências das enchentes de maio, com lixos e entulhos ainda sendo retirados das ruas.
As chuvas devem persistir por vários dias, com distribuição variável conforme a data. Os volumes não serão uniformes em todo o território gaúcho, mas em alguns pontos, entre o sábado (15/6) e o início da próxima semana, pode atingir marcas próximas ou acima de 100 mm, o que resultaria em alagamentos em municípios específicos.
Esse cenário de instabilidade prolongada está associado à formação de um “rio atmosférico” (corredor de umidade) a leste dos Andes, no interior do continente. O chamado “rio voador” transportará umidade da região amazônica e do Atlântico Tropical até o Rio Grande do Sul, gerando áreas instáveis. A combinação de umidade abundante e atmosfera aquecida pode resultar em chuvas fortes e risco de temporais isolados.
A MetSul indica ainda que esse rio atmosférico atuará no estado entre os dias 15 e 20 de junho, com a possibilidade de um segundo evento entre os dias 22 e 23, associado a um sistema frontal.
Cota de inundação do Guaíba
O Guaíba está no menor nível desde os início das chuvas no estado, e chegou a 2,69m de acordo com a medição feita pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul (SEMA/RS), às 12h desta quarta-feira (12). O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) garante que não há previsão de o lago voltar à cota de inundação, que é de 3,6m.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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