Rio de Janeiro

Polícia aponta cigana como mandante de morte causada por brigadeiro

Por dever dinheiro à cigana, a namorada de Luiz Marcelo Antonio Ormold teria sido orientada por ela a matar o empresário em busca de dinheiro

Suyany Breschack se apresentava na internet como Cigana Esmeralda e cobrava por trabalhos espirituais -  (crédito: Instagram/Reprodução (@magiaciganaesmeraldaoficial))
Suyany Breschack se apresentava na internet como Cigana Esmeralda e cobrava por trabalhos espirituais - (crédito: Instagram/Reprodução (@magiaciganaesmeraldaoficial))

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (5/6), o delegado Marcos Buss, da 25ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro (Engenho Novo), disse que a cigana Suyany Breschack seria a "mandante e arquiteta" da morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormold, de 44 anos. A motivação do crime seria financeira.

Ormond teria morrido após comer um brigadeirão dado a ele pela namorada, a psicóloga Julia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos. O corpo do empresário foi encontrado no dia 20 de maio no apartamento em que morava, na zona norte do Rio.

De acordo com o delegado, há nos autos "muitos elementos indicativos que de Suyany seria a mandante e a arquiteta" do plano criminoso. Ela se apresentava na internet como Cigana Esmeralda e cobrava por trabalhos espirituais, como o de "amarração amorosa".

Em seu depoimento, Suyany informou que Julia devia cerca de R$ 600 mil a ela por serviços espirituais prestados. A investigação aponta que as duas se conheciam há dez anos.

Por causa da dívida, a psicóloga fazia pagamentos mensais à cigana. Interrogada pela polícia, Suyany disse que sua fonte de renda era, na verdade, Julia.

"Suyany tinha uma influência muito grande sobre Julia. E foi nesse cenário que Suyany teria instruído a Júlia a ministrar o medicamento (que matou Ormond). E a própria Suyany teria procurado informações sobre a aquisição de tal medicamento também", continua o delegado.

Testemunhas ouvidas pela investigação apontam que Julia se sentia ameaçada pela cigana, baseada na crença nos poderes mágicos de Suyany. "Ela entendia que poderia acontecer alguma coisa contra ela, uma morte, doença e tudo o mais".

De acordo com Buss, Julia tinha por Suyany uma "verdadeira veneração".

O delegado ainda destacou que as investigações estão em andamento e que outros elementos serão levados em consideração para atribuir as responsabilidades de cada um no crime.

O Correio não conseguiu contato com a defesa de Suyany para ouvir o lado dela sobre as acusações. Em caso de manifestação, ou futuro sucesso com o contato, o texto será atualizado.

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postado em 05/06/2024 18:39 / atualizado em 05/06/2024 18:39
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