Começou nesta segunda-feira (3/6) a limpeza do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O local foi atingido pelas cheias na capital gaúcha e teve a operação suspensa há um mês.
Além da limpeza, análises e avaliações da pista de pouso e decolagens estão sendo realizadas para identificar os impactos provocados pelo acúmulo de água. A previsão é que os testes durem 45 dias e que no começo do próximo mês seja apresentado um plano detalhado sobre as intervenções necessárias na pista. A Fraport Brasil, concessionária que adminsitra o aeroporto, também está realizando vistorias em todos equipamentos atingidos pelas águas, mas ainda não é possível precisar o valor do prejuízo.
"Com a diminuição da água acumulada no sítio aeroportuário, foi iniciado hoje o processo de limpeza da pista de pousos e decolagens. A limpeza consiste em uma ampla varredura em toda a extensão das pistas, taxiways e pátios de aeronaves para a retirada de entulhos e detritos. Em paralelo, foram iniciados os testes e sondagens para avaliação da resistência do solo, desde a compactação até a pavimentação, para que tecnicamente seja possível afirmar os impactos causados pelo acúmulo de água durante as últimas semanas", afirmou a Fraport, concessionária que administra o aeroporto.
Vistoria e retomada das operações
Na manhã desta segunda-feira autoridades do governo federal realizaram uma vistoria técnica no aeroporto. Entre os presentes estavam Paulo Pimenta, Ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Tiago Pereira, Diretor Presidente da Anac, Tomé Franca, Secretário Nacional da Aviação Civil, Frederico Antunes.
Paulo Pimenta afirma que o funcionamento do aeroporto Salgado Filho é estratégico para a economia do estado. O ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul afirma que será criada uma sala permanente de acompanhamento da situação do aeroporto dentro da pasta extraordinária. "É necessário que a concessionária avance na discussão com o Ministério de Portos e Aerportos, Advocacia Geral da União e e a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) no sentido de restabelecer o equilibrio do contrato, mas isso não pode ser impedidtivo para que o trabalho seja acelerado e que ele avance. A limpeza, a sondagem, a reconstrução. Nada pode ser motivo para atrasar ainda mais aquilo que - para nos - é estratégico e fundamental que é o mais rapidamente possível, o aeroporto Salgado Filho funcionando", afirma Paulo Pimenta.
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O CEO da Fraport, Andreea Pal afirma que será necessário fazer uma avaliação completa do cenário, mas é possível que as operações no aeroporto sejam retomadas até o fim do ano. "Estamos atuando junto ao Governo Federal para acelerarmos a retomada do aeroporto. Estamos fazendo a nossa parte com diversas atividades já iniciadas. Se os impactos forem menores do que os previstos inicialmente, vamos torcer para que o aeroporto esteja disponível para o final do ano”.
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