BRIGADEIRO ENVENENADO

Cigana não teve participação direta na morte de empresário, diz advogado

Delegado Marcos Bross, responsável pelo caso, pontuou que há indícios de que Suyany sabia do crime e que ela foi a beneficiária dos bens do empresário morto

Suyany Breschak foi presa por suspeita de ajudar Júlia a se desfazer dos bens do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond -  (crédito: Reprodução/Instagram @magiaciganaesmeraldaoficial)
Suyany Breschak foi presa por suspeita de ajudar Júlia a se desfazer dos bens do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond - (crédito: Reprodução/Instagram @magiaciganaesmeraldaoficial)

O advogado Etevaldo Viana Tedeschi, que representa a cigana Suyany Breschak, afirmou que a mulher não teve participação direta na morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, encontrado em estado avançado de decomposição no bairro Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 20 de maio. "Era interessante para a cigana que o relacionamento deles permanecesse", disse o advogado em entrevista coletiva nesta segunda-feira (3/6).

O advogado disse que pediu a revogação da prisão temporária de Suyany. "Penso que uma vez prestados todos os esclarecimentos e encerrada a necessidade de se investigar, e o fato dela ser primária, nunca foi presa, tem residência fixa e filhos menores, inclusive um autista, ela possa prestar os depoimentos em liberdade, ainda que com tornozeleira eletrônica", disse o advogado.

O delegado Marcos Bross, responsável pelo caso, pontuou que há indícios de que Suyany sabia do crime e que ela foi a beneficiária dos bens do empresário morto. O delegado frisou que a cigana será submetida a um processo justo e que há muito o que ser investigado ainda. "Suyany era uma espécie de mentora espiritual da Júlia e certamente exercia forte influência sobre ela", contou o delegado.

Entenda o caso

Suyany Breschak foi presa por suspeita de ajudar Júlia a se desfazer dos bens de Luiz. "No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz Marcelo esteve no apartamento enquanto ele já estava morto. Com a ajuda da comparsa, que trabalharia como cigana, ela se desfez dos bens do namorado, inclusive do carro", informou a Polícia Civil, em nota.

Júlia Andrade Cathermol Pimenta,  teria moído e colocado 50 comprimidos de um medicamento no brigadeiro oferecido à vítima. O fármaco tem morfina e age sobre o sistema nervoso central e outros órgãos do corpo. A bula do medicamento alerta que, em caso de uso de grande quantidade, é necessário procurar atendimento médico imediatamente, pois a superdosagem pode causar dificuldade respiratória, muita sonolência progredindo para entorpecimento ou coma, flacidez muscular esquelética, pele fria ou úmida, pupilas contraídas, e em alguns casos edema pulmonar, bradicardia (batimentos cardíacos mais lentos), parada cardíaca e morte.

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postado em 03/06/2024 11:47 / atualizado em 03/06/2024 11:58
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