INVESTIGAÇÃO

Defesa da família de ex-sinhazinha nega formação de seita e rituais

Sobre as acusações contra Ademar Cardoso, irmão de Djidja, de estupro, cárcere privado e injetar drogas sem o consentimento de uma ex-namorada, a advogada ressaltou que o processo está em andamento e a defesa vai se pronunciar quando tiver mais detalhes

Djidja, a mãe e o irmão: polícia investiga aplicação de substância em animais -  (crédito: Reprodução redes sociais/@djidjacardoso)
Djidja, a mãe e o irmão: polícia investiga aplicação de substância em animais - (crédito: Reprodução redes sociais/@djidjacardoso)

Advogados que representam familiares da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso negaram a existência de um seita e a prática de rituais pelos clientes. "Não existia seita, eu sou testemunha ocular, que sob efeito de drogas, eles pregavam a filosofia prevista no livro Cartas de Cristo, mas não existia seita, não existia envolver funcionários. Não existia rituais satânicos, que envolvam animais”, disse Lidiane Roque, em entrevista.

Sobre as acusações contra Ademar Cardoso, irmão de Djidja, de estupro, cárcere privado e injetar drogas sem o consentimento de uma ex-namorada, a advogada ressaltou que o processo está em andamento e a defesa vai se pronunciar quando tiver mais detalhes.

"A família Cardoso, especificamente Djidja, Cleusimar e Ademar, de fato, infelizmente, perdeu o controle. Eles se tornaram dependentes químicos", disse a advogada. "A decisão de começar a usar drogas é individual. Todas as pessoas envolvidas são adultas, isso é muito importante. Por que dizemos não existe seita, não existe ritual macabro: porque todos deles, os vídeos que circulam na internet, todos esses elementos de prova, são fruto de alucinações extremamente severas de uma droga que está destruindo famílias".

Segundo a defesa, as seringas encontradas nas sedes do salão continham produtos como shampoo e condicionador. Além disso, os advogados negaram que as unidades da rede de salão tenham sido usadas para o armazenamento ou consumo de drogas.

Segundo a Polícia Civil, a Operação Mandrágora, deflagrada na semana passada, mirava membros de uma "seita religiosa, responsáveis por fornecer e distribuir a substância cetamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa".


Animais resgatados

A deputada estadual Joana Darc (União Brasil), que também é médica veterinária, anunciou nas suas redes sociais que resgatou os animais domésticos da ex-sinhazinha. Entre os animais recolhidos estão cobras e gatos e, de acordo com a deputada, faltam resgatar duas serpentes que não foram encontradas.

De acordo com a deputada, as drogas que eram usadas pela família também eram injetadas nos animais. A denúncia está sendo investigada pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente.

 
 
 
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postado em 03/06/2024 11:04 / atualizado em 03/06/2024 17:54
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