Enchentes no Rio Grande do Sul

Nível do Guaíba fica abaixo da cota de inundação pela 1ª vez em um mês

No dia 5 de maio, o nível do Guaíba chegou a 5,35 metros, maior marca da história. Neste sábado (1º/6), o rio chegou na marca de 3,58 metros

A última vez que o Guaíba ficou abaixo da cota de inundação aconteceu na medição das 23h do dia 2 de maio. -  (crédito: Lauro Alves/Secom/GRS)
A última vez que o Guaíba ficou abaixo da cota de inundação aconteceu na medição das 23h do dia 2 de maio. - (crédito: Lauro Alves/Secom/GRS)

O nível do Rio Guaíba, localizado em Porto Alegre, voltou a ficar abaixo da cota de inundação pela primeira vez desde as enchentes recentes que deixaram diversos municípios do Rio Grande do Sul debaixo d’água. Neste sábado (1º/6), a água chegou na marca de 3,58 metros na medição das 5h, dois centímetros a menos que o patamar de transbordamento, de 3,6 metros. 

No dia 5 de maio, o nível do Guaíba chegou a 5,35 metros, maior marca da história. A alta foi uma das responsáveis pelas enchentes que atingiram a Grande Porto Alegre e deixaram um rastro de destruição. 

A última vez que o Guaíba ficou abaixo da cota de inundação aconteceu na medição das 23h do dia 2 de maio. Na última terça-feira (28), o governo do Rio Grande do Sul alterou a cota de inundação de 3 metros para 3,6 metros. A mudança foi adotada para refletir as medições feitas em uma nova régua instalada mais ao sul do Cais Mauá, onde o nível era registrado até o início de maio.

O nível do Rio vem sendo monitorado em tempo real, com o auxílio de lasers, na régua instalada na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Os dados são compilados e divulgados pela Agência Nacional de Águas (ANA), a partir do trabalho de campo da Rede Hidrometeorológica Nacional e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

As fortes chuvas que atingiram o estado começaram a cair em 27 de abril, tendo avançado na direção norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, com mortes e destruição ao longo de rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um imenso volume d´água depois desembocou no Guaíba.

De acordo com as informações mais recentes da Defesa Civil gaúcha, até momento foram registradas 169 mortes, enquanto 44 pessoas seguem desaparecidas. Mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas. No auge das cheias, cerca de 630 mil tiveram que deixar suas casas. Há ainda 39 mil pessoas em abrigos temporários.

Melhoras no Rio Grande do Sul

De acordo com o balanço de ontem da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 39.595 pessoas permanecem em abrigos improvisados em ginásios de escolas, de universidades e em igrejas. Nesta mesma semana, porém, esse número era maior: na segunda-feira, 55 mil pessoas permaneciam nessas estruturas.

Vinte e quatro horas depois, houve a diminuição de 7 mil abrigados. A maior parte dos locais que receberam vítimas das enchentes é em Porto Alegre e na Região Metropolitana — onde o vazamento das comportas do Lago Guaíba inundou quase todas as cidades.

Com o recuo das águas e o tempo firme em todo o estado, as pessoas se animam a deixar a moradia improvisada e a retomar a vida nas casas que foram obrigadas a deixar. A coordenadora do abrigo da Unisinos, Cybeli Moraes, relatou ao Correio que o local foi desmobilizado na última quarta-feira, pois a maioria das pessoas voltou aos lares.

A estrutura, localizada em São Leopoldo, na Região Metropolitana, era a terceira maior do estado. No auge das cheias, receber em torno de 1,5 mil pessoas, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social do estado.

Com informações da Agência Brasil.

 

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postado em 01/06/2024 10:42 / atualizado em 01/06/2024 11:15
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