A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, encontrado em estágio avançado de decomposição em 20 de maio, em seu apartamento. A namorada dele, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, é a principal suspeita, Ela é considerada foragida da Justiça. Na data do crime, ela teria oferecido a Luiz um brigadeiro envenenado. Policiais também encontraram uma marca que indicava um possível golpe na cabeça do empresário. O caso ocorreu em um condomínio no bairro de Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Policiais civis prenderam uma mulher por suspeita de ajudar Júlia a se desfazer dos bens do empresário morto. "No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz Marcelo esteve no apartamento enquanto ele já estava morto. Com a ajuda da comparsa, que trabalharia como cigana, ela se desfez dos bens do namorado, inclusive do carro", informou a Polícia Civil, em nota.
O veículo foi levado para Cabo Frio (RJ), após supostamente ter sido vendido por R$ 75 mil. Abordado pelos policiais, o homem que estava na posse do carro chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem. Com o mesmo homem, foram encontrados o telefone celular e o computador de Luiz Marcelo. Ele foi preso em flagrante por receptação.
Então, os policiais chegaram à cigana, que disse que a namorada do empresário tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. Em depoimento, a mulher presa confessou ter ajudado a dar fim aos pertences da vítima e revelou que boa parte de seus ganhos vinham dos pagamentos da dívida citada.
"Ao longo da investigação, em que diversas testemunhas prestaram depoimento, a namorada chegou a ser ouvida na delegacia, onde demonstrou muita frieza e afirmou que não tinha conhecimento até então da morte de Luiz Marcelo. Segundo ela, a vítima teria aberto uma conta conjunta em nome dos dois. Imagens mostraram a mulher indo ao condomínio para buscar o cartão desta conta, entregue por correspondência, enquanto o homem já estava morto", pontuou a Polícia Civil.
Agentes da 25ª Delegacia Policial realizam diligências a fim de localizar e capturar Júlia. Contra ela, há mandado pendente por homicídio qualificado.
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