tragédia no sul

Batalha do Riachuelo: Olsen veta comemoração

Decisão do comandante da Marinha sobre o 11 de junho se deve à crise humanitária no Rio Grande do Sul, onde a arma está atuando no resgate e no atendimento da população afetada

Por causa da tragédia que assola o Rio Grande do Sul, o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, determinou que fossem adiadas todas as comemorações alusivas ao aniversário de 159 anos da Batalha Naval do Riachuelo, em 11 de junho. A determinação vale para todas as unidades da Armada. Com boa parte do efetivo envolvida nas operações de resgate e atendimento às vítimas no Rio Grande do Sul, o alto comando não vê clima para festividades.

A data mais importante do calendário da Marinha, porém, não passará totalmente em branco, mas serão discretas e exclusivas para o corpo militar. Segundo comunicado aos altos oficiais — ao qual o Correio teve acesso —, as cerimônias das organizações militares, incluindo os distritos navais, devem se limitar a entoar o Hino Nacional, às leituras da Ordem do Dia do comandante e da mensagem do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e à promoção de praças, que ocorre todos os anos nessa data.

A cerimônia de entrega de medalhas e distintivos foi adiada por tempo indeterminado. Olsen também vetou a veiculação de campanhas institucionais alusivas à data, jantares e bailes de confraternização.

A Marinha participa das operações de socorro aos gaúchos. Além de integrar equipes de resgate, enviou a maior embarcação de guerra da esquadra, o navio aeródromo multipropósito Atlântico, que está ancorado no Porto de Rio Grande. Levou toneladas de equipamentos, helicópteros e até um hospital com UTI. A Unidade Médica Expedicionária da Marinha atua, desde 9 de maio, no hospital de campanha montado em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre.

 

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