tragédia climática no sul

Enchentes no RS: município gaúcho registra primeira morte por leptospirose

Casos de leptospirose no Rio Grande do Sul por causa das enchentes é uma preocupação para o estado

Um homem de 67 anos morreu por leptospirose no município de Travesseiro, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (17/5). Outras três pessoas recebem tratamento para a doença na cidade. Segundo o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. 

A explosão de casos de leptospirose no Rio Grande do Sul por causa das enchentes é uma preocupação para o estado. "A gente vem monitorando. Estamos com uma estratégia ampla de distribuição da medicação (contra a leptospirose) para que esteja nos municípios. Haverá casos (da doença), mas o que não queremos é a hospitalização e o óbito. Há o risco de se contaminar quando a água recua e deixa a lama. Por isso, a ameaça de transmissão não é somente no momento da enchente, mas também ao se retornar à casa para limpá-la", disse a chefe da vigilância Epidemiológica, Roberta Vanacor, ao Correio.

O período de incubação da doença, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

"A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos", informa a pasta

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