tragédia climática

Chuvas no Rio Grande do Sul: número de mortos sobe para 37

Ao todo, 235 municípios gaúchos foram afetados pelos temporais. Segundo o governo estadual, 74 pessoas ficaram feridas e outras 74 estão desaparecidas

O número de mortes causado pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 37. Segundo boletim atualizado nesta sexta-feira (3/5) pelo governo do estado, outras 74 pessoas ficaram feridas e mais 74 estão desaparecidas. Ao todo, 235 municípios gaúchos foram afetados pelos temporais. Além disso, 7.949 pessoas estão em abrigos e 23.598 ficaram desalojados.

Veja o número de mortes por município:

  • Canela (2)
  • Candelária (1)
  • Caxias do Sul (1)
  • Bento Gonçalves (1)
  • Boa Vista do Sul (2)
  • Paverama (2)
  • Pantano Grande (1)
  • Putinga (1)
  • Gramado (4)
  • Itaara (1)
  • Encantado (1)
  • Salvador do Sul (2)
  • Serafina Corrêa (2)
  • Segredo (1)
  • Santa Maria (2)
  • Santa Cruz do Sul (4)
  • São João do Polêsine (1)
  • Silveira Martins (1)
  • Vera Cruz (1)
  • Taquara (2)
  • São Vendelino (1)
  • Três Coroas (3)

O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, que vigorará por 180 dias. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) explica que o período entre o fim de abril e o início de maio de 2024 ainda tem influência do El Niño. O fenômeno responsável por aquecer as águas do Pacífico ajudou a bloquear as frentes frias e concentrar os sistemas de áreas de instabilidade no Rio Grande do Sul, causando a chuva mais intensa em parte do estado gaúcho e sul de Santa Catarina nos últimos dias.

FAB -
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CARLOS FABAL / AFP -
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ANSELMO CUNHA / AFP -
GUSTAVO GHISLENI / AFP -

Além dessa condição, a temperatura do Oceano Atlântico Sul bem mais elevada, próximo da faixa equatorial, também contribui para a umidade, intensificando as chuvas. O transporte de umidade a partir da Amazônia e o contraste térmico com o ar mais aquecido ao norte da Região Sul, além de ar mais frio ao sul do Rio Grande do Sul também ajudou a fortalecer as tempestades.

Segundo o governador Eduardo Leite, o rio Guaíba, em Porto Alegre, pode chegar a cinco metros até sábado (4/5). Caso a previsão se confirme, essa será a maior cheia da história da capital gaúcha, superando a enchente registrada em 1941.

“Quero pedir mais uma vez que as pessoas tenham a percepção de urgência em relação ao que está ocorrendo no Estado. É muito importante que a população leve a sério as recomendações e busque se proteger, que atenda a esse chamado da emergência sem precedentes que estamos vivendo e deixe as zonas de risco”, enfatizou Leite.

 
 
 
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Resgate e apoio às vítimas

Para auxiliar no socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, as Forças Armadas mobilizaram um hospital de campanha (HCamp). A unidade hospitalar segue do Rio de Janeiro para Canoas (RS) e, posteriormente, para Lajeado (RS), um dos municípios mais atingidos, que se encontra sem energia e com hospitais fechados. O módulo conta com enfermaria, 40 leitos, 2 consultórios para atendimento e 1 para triagem.

Além do HCamp, as Forças Armadas empregam cerca de 936 militares no apoio às vítimas das enchentes em 25 municípios do estado. Já foram resgatadas 101 pessoas e realizadas 10 evacuações aeromédicas.

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