Conforme a investigação avança, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) acredita que já chegou à motivação do crime que vitimou o empresário Luiz Marcelo Ormond, 45 anos. A principal suspeita é a namorada dele, Júlia Cathermol, 29, que está foragida.
A principal linha de investigação indica que Julia colocou 50 comprimidos do medicamento Dimorf em um brigadeiro que foi oferecido à vítima. O fármaco tem morfina e age sobre o sistema nervoso central e outros órgãos do corpo.
Entenda os detalhes revelados do caso até o momento:
O que ocorreu?
Luiz Marcelo Antonio Ormond foi encontrado em estágio avançado de decomposição em 20 de maio no apartamento onde morava no bairro Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O corpo foi localizado porque vizinhos sentiram um cheiro forte e acionaram as autoridades.
Júlia, que era namorada da vítima e é considerada a principal suspeita do crime, alegou que não sabia da morte de Luiz. Ela está foragida. Agentes da 25ª Delegacia Policial realizam diligências a fim de localizar e capturar Júlia. Contra ela, há mandado pendente por homicídio qualificado.
Motivação para o crime
A morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, 45 anos, pode ter ocorrido porque a namorada dele, Júlia Cathermol, 29, principal suspeita do caso, não teria gostado da desistência do namorado em oficializar uma união estável.
De acordo com parentes e amigos da vítima, Luiz e Julia brigavam bastante. O empresário, inclusive, relatava que tinha medo de casar por conta dos bens deles e medo de separar.
Para o delegado Marcos Buss, da 25ª DP e responsável pelo caso, a motivação do crime foi financeira. "Isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada", afirmou Buss ao portal g1.
Envolvimento de cigana
Uma cigana, identificada como Suyane Breschak, está presa sob suspeita de envolvimento no crime. Ela conhecia Júlia há 12 anos e já havia feito "procedimentos" para Júlia com ex-namorados.
Em depoimento à polícia, Suyane contou que Júlia estava com uma dívida acumulada de R$ 600 mil e que estava pagando há cinco anos o valor.
A cigana foi ligada ao caso depois da prisão de um homem que estava sob posse do carro de Luiz Marcelo, levado por Júlia do apartamento onde ele foi encontrado morto. A cena acabou registrada em câmaras de segurança.
O veículo teria sido usado para quitar parte da dívida de Júlia com a amiga e vale em torno de R$ 75 mil. A Polícia Civil apontou ainda que Suyane tentou vender joias e outros objetos de Luiz Marcelo.
O que disse a cigana Suyane?
Em depoimento à Polícia, Suyane revelou que Júlia admitiu que colocou os 50 comprimidos em um brigadeiro para Luiz Marcelo comer.
Além disso, a cigana relatou que a suspeita teria coberto o corpo da vítima com um lençol e colocado um ventilador direcionado ao corpo para repelir o cheiro forte. O corpo foi encontrado em estágio avançado de decomposição.
Júlia teria, inclusive, limpado o apartamento com água sanitária porque até urubus estavam aparecendo na janela, segundo a cigana.
Ao portal g1, o advogado de Suyane, Cleison Rocha, afirmou que a cliente é inocente e está sendo acusada injustamente. "A Suyane trabalha com cartas e búzios, e a Júlia se consultava apenas com a Suyane. Não são amigas, elas têm apenas uma relação profissional", disse. O Correio não conseguiu contato com a defesa da cigana.
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