No mês de conscientização para a segurança no trânsito, o Maio Amarelo, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) divulgou novos dados que indicam uma queda em acidentes atribuíveis ao álcool além de uma mudança na faixa etária mais afetada pelos óbitos em decorrência de acidentes do tipo.
Entre 2010 e 2022, houve uma diminuição de 22,7% no número de mortes (de 13.911 para 10.747), especialmente entre os homens. Em relação ao ano anterior (2021), houve estabilidade nos números. Os dados foram analisados pelo CISA baseado em números do Datasus.
Contudo, um dado chamou a atenção de especialistas. A faixa etária de número de óbitos envolvendo acidentes atribuíveis ao álcool mudou. Em 2010, era a população entre 18 a 34 anos que lideravam os óbitos. Os dados de 2022 indicam que as pessoas entre 35 e 54 anos são as mais afetadas, com 35,4%, enquanto os de 18 a 34 representam 33,3%.
Para Mariana Thibes, doutora em sociologia e coordenadora do CISA, essa mudança na faixa etária ocorre como resultado positivo da a Lei Seca, que tem estimulado uma mudança de comportamento entre os jovens.
"A existência de alternativas viáveis e acessíveis de transporte para as pessoas que desejam beber também é fundamental para que esses acidentes sejam evitados. O transporte por aplicativos ainda não é uma opção financeiramente viável para todos as pessoas, portanto, a disponibilização de uma rede pública de transporte noturno também é uma ação importante para reduzir acidentes", pontuou.
Dados no DF
A pesquisa aponta que o Distrito Federal apresenta uma taxa de 3,4 mortes por acidente de trânsito atribuíveis ao álcool por 100 mil habitantes, em 2022. Esse número coloca o DF como o terceiro menor índice do país entre as entidades federativas.
Os estados que lideram são Mato Grosso (10,6) e Tocantins (10,3), enquanto Amazonas e São Paulo, contam com as menores taxas, 2,8 e 3,3, respectivamente.
Já os dados envolvendo mortes apontam que houve um aumento, especialmente entre homens, entre 2021 e 2022 de 12,6%.
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