Tragédia

RS planeja construir quatro "cidades provisórias" para desabrigados

Novos locais serão erguidos próximos às cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba, onde 67% dos desabrigados se encontram

Até a noite da última quarta (15/5), em torno de 77 mil gaúchos estavam alocados em abrigos públicos de mais de 100 municípios do RS -  (crédito:  Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Até a noite da última quarta (15/5), em torno de 77 mil gaúchos estavam alocados em abrigos públicos de mais de 100 municípios do RS - (crédito: Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Diante do aumento do número de desabrigados em todo estado, o governo do Rio Grande do Sul planeja a construção de quatro "cidades temporárias" para acolher a população gaúcha que está sem moradia atualmente, devido às inundações causadas pelas fortes chuvas que atingiram a região. A informação foi adiantada pelo vice-governador Gabriel Souza (MDB), em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (16/5).

De acordo com dados do governo do estado, até a noite da última quarta (15/5), cerca de 77 mil gaúchos estavam alocados em abrigos públicos de mais de 100 municípios rio-grandenses. Os locais mais comuns são igrejas, clubes, universidades, escolas, ginásios esportivos e Centros de Tradição Gaúcha (CTGs), espalhados por todo o estado.

Segundo o vice, as novas cidades seriam instaladas em regiões próximas aos quatro municípios com o maior número de desabrigados, atualmente: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba. Somente nestes locais, estão concentrados em torno de 51 mil desabrigados, o que corresponde a 67% do total de gaúchos que tiveram que se alocar em abrigos improvisados.

“Mas, naturalmente, isso tudo tem um limite de suporte, porque os voluntários vão ter que voltar para as suas casas, para os seus trabalhos, também as doações, eventualmente, podem vir a diminuir, em virtude de uma carga inicial que a gente já recebeu e, com o decorrer do tempo, as pessoas vão voltando à sua normalidade”, ressaltou Souza.

As quatro cidades provisórias terão espaço para crianças, lavanderia coletiva, dormitórios, banheiros, chuveiros, cozinha comunitária, entre outros. Ainda não há previsão para a conclusão das obras, que deverão contar com a cooperação das prefeituras, para garantir segurança à população que ficará instalada no local.

“Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem, vamos iniciar a contratação. Até sexta, vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias”, destacou, ainda, o vice-governador.

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postado em 16/05/2024 19:42 / atualizado em 16/05/2024 19:47
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