Tragédia no Sul

Mobilização nacional para ajudar nos resgates das vítimas

Além das forças federais, grupamentos de vários estados e do Distrito Federal, seguiram para o Rio Grande do Sul, para ajudar no resgate das vitimas

 People are taken out of a flooded area in a military personnel carrier following floodings due to heavy rains in Porto Alegre, Rio Grande do Sul state, Brazil on May 6, 2024. From top to bottom, rescuers scour buildings in Porto Alegre for inhabitants stuck in apartments or on rooftops as unprecedented flooding killed at least 78 people in the southern state, with dozens missing and some 115,000 forced to leave their homes. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP)
       -  (crédito:  AFP)
People are taken out of a flooded area in a military personnel carrier following floodings due to heavy rains in Porto Alegre, Rio Grande do Sul state, Brazil on May 6, 2024. From top to bottom, rescuers scour buildings in Porto Alegre for inhabitants stuck in apartments or on rooftops as unprecedented flooding killed at least 78 people in the southern state, with dozens missing and some 115,000 forced to leave their homes. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP) - (crédito: AFP)

Com uma mobilização conjunta de ministérios, Forças Armadas, Defesa Civil, e apoio direto do governo estadual e prefeituras, equipes trabalham incansavelmente para mitigar os impactos devastadores das enchentes no Rio Grande do Sul. Agentes da Força Nacional responderam prontamente ao chamado de auxílio, deslocando-se para as áreas mais afetadas pelas chuvas.

O contingente de 117 agentes inclui policiais militares, bombeiros e policiais civis, todos focados no resgate dos desabrigados. Juntando-se aos esforços locais, eles atuam em cidades, como Canoas e São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre. Os números divulgados pela Defesa Civil do estado mostram a extensão dos estragos provocados pelas chuvas.

Mais de 850 mil pessoas foram afetadas, em 350 municípios atingidos pela inundação. Com mais de 122 mil pessoas desalojadas e outras alojadas em acampamentos emergenciais, o estado enfrenta uma crise humanitária de grandes proporções. A Marinha do Brasil também está ativa na operação de resgate, com os Fuzileiros Navais trabalhando nas áreas mais afetadas.

O apoio às operações de resgate não se limita apenas às forças federais. Diversos estados brasileiros, além do Distrito Federal, estão contribuindo com equipes, equipamentos e recursos para complementar o auxílio emergencial. Prefeituras também estão enviando técnicos da Defesa Civil Municipal em missão de ajuda humanitária, enquanto o governo estadual mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Saúde para prestar auxílio às operações de busca e salvamento.

Enquanto isso, o estado de Santa Catarina está em estado de alerta para possíveis consequências das enchentes vindas do Rio Grande do Sul. Com planos de emergência prontos para serem executados, a Defesa Civil local está mobilizada e preparada para enfrentar a situação, é o que afirmou o coordenador regional de proteção e defesa civil da região norte e nordeste de Santa Catarina, Antonio Edival Pereira, ao Correio. “Estão se preparando. Em estado de alerta. Prontos para executar o trabalho que foram preparados”, observou.

“Temos a Coordenadoria de Monitoramento e Alerta com equipe de meteorologista, hidrologia, geologia. Em Santa Catarina está para ser lançado o “Proteção Levado a Sério” do governo federal — programa que prevê a recuperação e reforma de barragens já existentes e construção de canais extravasores”, completou.

Sem locomoção

O fotógrafo brasiliense Nicolau Luís Chaves está preso no interior do Rio Grande do Sul, surpreendido por uma dificuldade logística após a tragédia. Ao Correio, ele relatou sua experiência durante sua estada na cidade de Venâncio Aires, uma das áreas afetadas pelo evento catastrófico. Tinha a intenção de se aproximar das áreas atingidas, especialmente para documentar os estragos na RSC287, via que conecta a cidade à capital, Porto Alegre.

No entanto, devido à crise de abastecimento na região, tornou o uso do carro inviável. Além dos problemas de locomoção, o fotógrafo relatou as adversidades enfrentadas pela comunidade local, incluindo a interrupção no fornecimento de água. “Ficamos aqui na cidade sem água nas torneiras”, disse Chaves. A concessionária responsável precisou interromper a captação de água no Arroio Castelhano. A população improvisou soluções, como a coleta de água da chuva para suprir algumas necessidades básicas.

“Como chovia muito, deixávamos baldes na rua e usávamos a água da chuva para algumas finalidades. Garrafões grandes de água não eram mais encontrados nos mercados. Compramos uns cinco fardos de garrafas pequenas. Felizmente a água voltou na noite de quinta para sexta”, contou.

A situação de isolamento de Chaves é agravada pela impossibilidade de retorno devido à inundação do aeroporto e à falta de acesso às estradas.

*Estagiária sob a supervisão de Edla Lula

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postado em 07/05/2024 05:53
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