Chuvas no RS

Porto Alegre enfrenta interrupção no fornecimento de água e energia elétrica

Com o desabastecimento de água, a prefeitura estimula moradores a deixarem a cidade e aguardar no litoral a normalização da cidade e a diminuição das cheias

Melo apontou que, segundo técnicos, a cidade precisaria investir em drenagem urbana um total de R$ 4 bilhões -  (crédito: Reprodução / YouTube)
Melo apontou que, segundo técnicos, a cidade precisaria investir em drenagem urbana um total de R$ 4 bilhões - (crédito: Reprodução / YouTube)

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), voltou a pedir que a população deixe a cidade e aguarde a normalização dos serviços públicos após a redução da enchente. A capital gaúcha enfrenta a maior enchente da história, que deixou problemas como a interrupção do fornecimento de energia elétrica e água potável em diversos pontos. Nesta segunda-feira (6/5), mais bombas de drenagem foram desligadas ampliando a inundação pelos bairros da cidade.

Uma das maiores preocupações do Executivo municipal é com o desabastecimento de água potável, já que com a suspensão do fornecimento de energia em diversas regiões, diversas estações do sistema de tratamento e abastecimento estão paradas. A estimativa desta segunda-feira é que aproximadamente 60% das residências estão sem o fornecimento de água. A situação tem feito o prefeito reforçar o apelo para que a população, que permanece na cidade, racione a água que ainda chega nas torneiras.

 

O nível da inundação do Lago Guaíba segue em estabilidade nas últimas 24 horas, registrando o nível de 5,3 metros. Apesar do sistema de proteção contra cheias ter sido planejado para evitar inundações de até 6 metros, com a ruptura de uma comporta e infiltrações boa parte da cidade sofre com as inundações. A prefeitura garante que o sistema de proteção amenizou os efeitos da cheia e nega falhas na manutenção dos equipamentos.

“O muro da Mauá (sistema de proteção contra as cheias) está resistindo bravamente, não teve nenhuma falha. Mas talvez seja necessário substituir essas comportas construídas em 1960, com a engenharia daquela época, por uma nova tecnologia. Na minha gestão nós reformamos todas as casas de bombas. Acontece que as 26 casas de bombas param de funcionar quando o nível do Guaíba passa da cota de inundação dos 3 metros, não tem onde escoar”, disse, ao Correio, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB).

Melo ainda apontou que, segundo técnicos, a cidade precisaria investir um total de R$ 4 bilhões em drenagem urbana. No entanto, o prefeito ponderou que todo o orçamento municipal no último ano mal chegou a R$ 11 bilhões.

Com o desabastecimento de água e energia elétrica muitos moradores estão seguindo a indicação do prefeito deixando a cidade. A única saída ainda disponível, a RS 040, pela vizinha Viamão, registrou ao longo do dia, congestionamentos recordes com a população seguindo em direção às regiões do litoral e do interior do estado não afetadas pelas chuvas.

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postado em 06/05/2024 19:37
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