Rio Grande do Sul

CNU: governo não descarta adiar "Enem dos Concursos" no RS em meio às chuvas

Segundo fontes do Planalto, não há possibilidade de adiar nacionalmente as provas, mas o governo estuda mecanismos jurídicos para permitir nova data de aplicação apenas no Rio Grande do Sul

Presidente Lula viajou ao RS para sobrevoar áreas afetadas pelas chuvas e se reunir com Eduardo Leite -  (crédito: Ricardo Stucker/PR)
Presidente Lula viajou ao RS para sobrevoar áreas afetadas pelas chuvas e se reunir com Eduardo Leite - (crédito: Ricardo Stucker/PR)

O governo federal não descarta adiar a realização do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) no Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas que atingem a região, apesar do anúncio feito ontem (2/5) pela manutenção das provas no estado. Porém, o adiamento nacional do certame não está na mesa.

Em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", da estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta sexta-feira (3), o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, declarou que a decisão deve sair até a tarde de hoje.

"Vamos tomar uma decisão consolidada no decorrer das próximas horas para garantir a tranquilidade e a segurança jurídica necessária para todas as pessoas que vão participar desse certame", declarou Pimenta.

Segundo fontes palacianas ouvidas sob reserva pelo Correio, o governo busca um dispositivo jurídico que permita o adiamento das provas no estado sem colocar em risco a validade do concurso. A grande preocupação é que, caso haja o adiamento, candidatos que se sintam prejudicados possam acionar a Justiça e levar à anulação do exame.

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e o Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, discutem uma solução. Os dois participam nesta sexta-feira de encontro da sala de situação formada no Palácio do Planalto para avaliar a situação do Rio Grande do Sul. O tema do concurso deve ser tratado também.

Calamidade

No Rio Grande do Sul, cerca de 86 mil pessoas estão inscritas para o concurso, em 10 cidades. Do total, 21 mil concurseiros moram fora dos municípios onde as provas serão realizadas, e podem ser prejudicados. A situação no estado é caótica, com quase 150 pontos de interdição nas rodovias.

A maior preocupação é com o risco de vazamentos das provas, já que o material já está nas cidades. Durante a entrevista de hoje, Pimenta declarou que o adiamento nacional poderia causar impacto de R$ 50 milhões aos cofres públicos.

Até o momento, está mantida a realização das provas no Rio Grande do Sul. O Ministério da Gestão declarou, em nota emitida ontem (2), que o governo fará todo o possível para garantir que os inscritos possam participar do concurso, apesar da situação de calamidade por conta das chuvas.

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postado em 03/05/2024 11:41 / atualizado em 03/05/2024 11:42
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