Nova edição do relatório Conflitos no Campo Brasil, lançado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) na última segunda-feira (22/4), registrou 2.203 conflitos relacionados a conflitos agrários em 2023. O número é o maior desde o início do levantamento, em 1985, e superou a marca de 2020, até então o ano com mais conflitos, 2.130 casos.
Em 2023, 31 assassinatos foram registrados em decorrência dos conflitos no campo, número menor que 2022, com 47 mortes. Entre as vítimas, 14 pessoas (mais de 45%), eram indígenas.
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De acordo com a pesquisa, os fazendeiros foram os principais causadores de violência, responsáveis por 31,8% das ocorrências. Os empresários foram responsáveis por 19,15% dos casos, seguidos pelo governo federal, com 11,2%, grileiros, com 9,25%, e governos estaduais, com 8,9%.
O relatório feito pela Comissão Pastoral da Terra aponta que mais de 950 mil pessoas e cerca de 59,4 milhões de hectares de terra estiveram envolvidos em conflitos no ano passado. Entre os mais de dois mil conflitos, 1.724 estão relacionados a disputas por terras, 251 relativas a trabalho escravo rural e 225 foram ocasionadas pela disputa por água.
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