A Marinha do Brasil realizou na semana passada uma cerimônia para celebrar o investimento em pesquisa e inovação dentro da Força. O Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) da Marinha foi comemorado na última quinta (18/4), em evento que contou com a presença de autoridades dos Três Poderes, no Clube Naval, em Brasília.
A data marca também o aniversário do vice-almirante Álvaro Alberto, militar e cientista brasileiro que instituiu o programa nuclear do país, além de uma série de outros desenvolvimentos científicos para o Brasil. Nascido em 1889, seu nome foi adotado para batizar o primeiro submarino nuclear brasileiro, que está em desenvolvimento.
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Durante a cerimônia, a Marinha lançou a 35ª edição da Revista Pequisa Naval e entregou o Prêmio Soberania Pela Ciência ao capitão de corveta Vinícius Santos Pessanha por sua pesquisa na área de oceanografia, especialmente no monitoramento do leito do mar. O trabalho pode ser aplicado, por exemplo, para encontrar minas navais enterradas e aperfeiçoar os avisos de ressaca na costa brasileira.
"Eu fiquei surpreso, feliz e honrado. Acho que isso vai ajudar a divulgar a pesquisa que a gente realiza no Centro de Hidrografia da Marinha", disse o militar ao Correio. "A ciência, tecnologia e inovação está incrustada na cultura e na história da Marinha. A gente não tem como desempenhar nossas funções sem desenvolver novas tecnologias e investir em ciência", acrescentou.
Colaboração com o país
Segundo a diretora do Instituto de Pesquisas da Marinha, capitã de mar e guerra Carla de Sousa Martins, também presente no evento, a Força possui pesquisas em diversas áreas do conhecimento, desde o desenvolvimento de armas até a medicina.
"A nossa ciência e tecnologia, embora vocacionada para a Marinha, na verdade está vocacionada para o país", enfatizou. "Desde o princípio a gente busca, a depender do nível de maturidade tecnológica, parcerias com universidades, com a indústria", emendou a diretora.
"O prêmio é um incentivo à pesquisa, visando a impulsionar o avanço científico, a descoberta de novos conhecimentos, teorias e tecnologias. Isso contribui para o desenvolvimento e para o progresso do Brasil", destacou o diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), almirante de esquadra Alexandre Rabello de Faria.
Para ele, o concurso está alinhado com o objetivo estratégico da instituição para promover e disseminar atividades de ciência, tecnologia e inovação, aumento a visibilidade e o reconhecimento da Marinha.
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