INVESTIGAÇÃO

Corpos encontrados em barco à deriva no Pará: o que se sabe

Serão realizados os exames médico-legais e outros para a identificação de todas as vítimas. O MPF anunciou que abrirá duas investigações

Um grupo de pescadores encontraram corpos dentro de um barco à deriva em um rio no Pará, no sábado (13/4). A embarcação foi localizada em uma área conhecida como "barra do Quatipuru", próxima à praia de Ajuruteua, em Bragança, cidade do nordeste do estado. Em nota enviada ao Correio, a Polícia Federal informou que os trabalhos de busca e resgate do barco com as vítimas ocorreram das 7h às 23h30 do domingo (14/4).

Ainda de acordo com a corporação, serão realizados os exames médico-legais e outros para a identificação de todas as vítimas, seguindo o protocolo internacional de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). Até o momento, não é possível precisar o número de corpos na embarcação e nem fornecer indicativos da nacionalidade do barco e das pessoas que estavam a bordo.

A equipe de peritos criminais da Polícia Federal no Pará trabalhará em conjunto com a equipe precursora de DVI da PF, composta por peritos criminais federais e papiloscopistas policiais federais do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e do Instituto Nacional de Identificação (INI), em Brasília.

A ação de resgate contou com apoio da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Marinha, da Guarda Municipal, da Defesa Civil Municipal, da Polícia Científica do Estado e do Departamento Municipal de Mobilidade Urbana e Trânsito (DEMUTRAN).

MPF anuncia investigação

O Ministério Público Federal (MPF) anunciou que abrirá duas investigações para apurar o caso de embarcação encontrada com corpos em estado de decomposição. O procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, determinou a abertura de investigação na área criminal e de investigação na área cível, que será realizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para a defesa de direitos humanos.

"Uma investigação criminal foca em eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal de autores. A investigação cível concentra-se em questões de interesse público e na proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes", afirmou o MPF.

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