SAÚDE PÚBLICA

Nísia Trindade lança programa para reduzir filas do SUS

Ao lado do presidente Lula, a ministra da Saúde anunciou nesta segunda (8/4) uma série de medidas para reduzir a espera por cirurgias, tratamentos e consultas com especialistas

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançou nesta segunda-feira (8/4) o programa Mais Acesso a Especialistas, que visa reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).

O objetivo do programa é usar a integração e a telessaúde para aumentar a eficiência do atendimento no SUS e fornecer caminhos alternativos aos pacientes, que muitas vezes ficam longos períodos aguardando atendimento com um especialista antes de iniciar o tratamento.

“Nós temos filas sem transparência. Nós não vamos acabar com filas, até porque à medida que você aumenta a oferta de atendimento, você aumenta a demanda. A fila tem que andar. Se trata de reduzir o tempo de espera. As pessoas têm que ser tratada com dignidade e os sistemas têm que resolver o problema”, declarou a ministra durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também estava presente.

Segundo o governo, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) continuarão sendo a base do SUS, já que a maioria dos casos são resolvidos nesses lugares. Os horários de atendimento serão ampliados, com mais equipes até as 22 horas. A ideia é usar atendimentos em telessaúde, integração nos dados dos pacientes e medicina da família para definir

De acordo com o ministério, a meta é criar por ano até 2026 2.360 Equipes de Saúde da Família, 3.030 Equipes de Saúde Bucal e 1.000 Equipes Multiprofissionais, aumentando para 80% a cobertura de pessoas com acesso à Atenção Primária. No ano passado, foram criadas 2.198 Equipes de Saúde da Família, aumento de 52% em relação aos anos anteriores. Também houve aumento de 16% no número de consultas médicas e 29% mais procedimentos médicos realizados do que em 2022.

“Nós estamos tendo como referência as melhores práticas em saúde do mundo. É o caso do Reino Unido, Espanha, Canadá, só que o nosso desafio é de um país continental, com um sistema descentralizado e com grande desigualdade”, comentou ainda Nísia. “Haverá uma redução do tempo de espera, uma redução do número de lugares que o paciente precisa ir, e ampliação do uso da telessaúde como suporte a esse processo", acrescentou.

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