SÃO PAULO

Amigo de motorista de Porsche segue em coma induzido na UTI

O jovem estava no banco do carona do carro de luxo que bateu na traseiro do veículo do motorista de aplicativo, que morreu no hospital

Marcus Vinicius Machado Rocha, 22 anos, amigo do motorista do Porsche que causou um acidente no último domingo (31/3), em São Paulo, continua internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em coma induzido e intubado.

O jovem estava no banco do carona do carro de luxo do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24 anos. O Porsche bateu na traseiro de um carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, que morreu no hospital. As informações são do g1.

Marcus quebrou quatro costelas e precisou retirar o baço. O estado de saúde do jovem ainda apresenta riscos, por isso não há previsão de alta. Já Fernando teria tido um corte na boca, mas não procurou o hospital.

O dono do Porsche foi retirado do local pela mãe, que disse que levaria o filho ao hospital. Os policiais teriam se encaminhado para o hospital informado pela mãe para coletar o depoimento do motorista e fazer o teste do bafômetro, mas não o encontraram no local. O motorista foi considerado foragido e se apresentou à polícia 38 horas depois.

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo apura se os policiais erraram no procedimento ao liberar Fernando sem ele ter feito o teste do bafômetro. Foram solicitadas imagens de câmeras corporais  dos agentes que atenderam a ocorrência.

Acima da velocidade

Em depoimento, Fernando afirmou que estava "um pouco acima do limite" da velocidade, sem especificar o quanto. O empresário recuperou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) 12 dias antes do acidente. A CNH dele foi suspensa em 5 de outubro de 2023, devido a uma série de infrações que acumularam pontos na carteira, incluindo uma multa por excesso de velocidade.

A defesa de Fernando classificou o incidente como "uma fatalidade". Já os familiares do motorista de aplicativo morto no acidente afirmaram que estão com sentimento de "injustiça'. "O sentimento que eu carrego e de profunda tristeza e angústia. Um sentimento de injustiça gigantesco dentro de mim. Eu espero que a justiça seja feita", escreveu Luam Silva, filho de Orlando.

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