A Polícia Federal, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) resgataram, nesta segunda-feira (29/4), 70 garimpeiros que estavam trabalhando em situação degradante e equiparadas à escravidão em Maués, no sul do Amazonas.
O garimpo, ilegal, era realizado em um poço, então os trabalhadores operavam de forma subterrânea e não tinham nenhum equipamento de proteção individual. Além disso, os garimpeiros tinham "dívidas" com os patrões, por isso não recebiam pelo trabalho. Uma foto, divulgada pela PF, mostra um caderno com as dívidas de itens como leite condensado e cigarro.
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Segundo a Polícia Federal, o garimpo era um dos mais lucrativos da América Latina. com uma produção diária superior a 6kg de ouro.
O trabalho escravo contemporâneo ocorre quando há submissão a trabalhos forçados ou a jornadas exaustivas, a sujeição a condições degradantes de trabalho e a restrição de locomoção do trabalhador.
A operação, chamada de "Mineração Obscura", começou na sexta-feira (26/4) e deve seguir até a próxima sexta (3), quando a PF deve divulgar novo balanço.
As denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser enviadas pela internet, ao site do Sistema Ipê.
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