O Brasil aumentou em cerca de 90 mil o número de crianças vacinadas contra a poliomielite entre 2022 e 2023, segundo levantamento da Unicef Brasil. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (23/4) em coletiva de imprensa com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Os dados apresentados pela entidade internacional apontam que em 2022 foram aplicadas mais de 2,3 milhões de vacinas da poliomielite — com 243 mil bebês sem vacinação. O estudo leva em conta a primeira dose da poliomielite, que é dada por volta dos 2 meses de vida. Em 2023, o cenário foi melhor, com 2,2 milhões de vacinados e 152 mil sem doses — em 2023, o número de nascidos foi menor que no anterior. Percentualmente, no biênio houve aumento de 7% de vacinados.
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"São crianças, as que não tomaram nem a primeira dose de polio, que estão cercadas de vulnerabilidade. Não só está havendo uma melhora (da cobertura vacinal), como o Brasil está diminuindo a desigualdade neste sentido", explicou Luciana Phebo, chefe de Saúde do Unicef no Brasil.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, acrescentou ainda que, no ano passado, 13 das 16 vacinas para as crianças apresentaram aumento de cobertura, em relação a 2022. Além da pólio, estão a tetravalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica, pneumocócica, tríplice viral (rubéola, sarampo e coqueluche) e também o reforço da tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche).
"Estamos vivendo uma virada na direção de alcançarmos as coberturas vacinais necessárias para a proteção de nossa crianças, adolescentes e sociedade. Desde 2015, a cobertura vacinal têm apresentado queda por diversos fatores, entre eles, o enfraquecimento da saúde da família, ao lado de todo negacionismo, especialmente no último governo. É uma virada com muita luta (e) devemos celebrar", ressaltou a ministra.
De acordo com as entidades, o aumento se deve aos trabalhos de busca ativa das crianças para vacinar, envolvimento da comunidade na campanha de vacinação e também o programa de vacinação nas escolas.
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