Um avião que transportava 565 kg cocaína foi interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal na terça-feira (9/4). O piloto fez um pouso forçado em uma plantação de laranjas em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo. Com a queda, a aeronave partiu ao meio e a carga de drogas ficou espalhada pelo laranjal.
Segundo a FAB, a aeronave foi vista na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Ao ingressar no espaço aéreo brasileiro, sem plano de voo, o avião passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aéreas e pela PF. A partir de então, os pilotos de defesa aérea seguiram os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA). A aeronave foi classificada como suspeita.
Foi determinado pouso obrigatório em Londrina, no Paraná. Porém, a aeronave não cumpriu a ordem e fez um pouso forçado em uma pista de terra nas proximidades de Santa Cruz do Rio Pardo, por volta das 11h de terça. Depois disso, a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS).
O piloto era habilitado desde 2021, foi preso em flagrante por tráfico internacional de drogas e encaminhado à Delegacia de Polícia Federal em Marília (SP). A carga foi apreendida.
De acordo com as investigações, o avião possivelmente é clonado, pois o verdadeiro teria sido inutilizado em operação da Polícia Federal na terra indígena Yanomami, em maio de 2023.
O Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, comentou sobre a operação. “Mais uma vez, o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro mostrou sua eficiência em cumprimento à Operação Ostium, que é justamente encarregada para impedir tráfego ilícito de adentrar ao país. Nesse caso, juntamente com a Polícia Federal, ela foi muito bem conduzida e tivemos o sucesso, que nem sempre será o Tiro de Detenção. O êxito é o impedimento dessa aeronave de prosseguir de forma ilícita”, disse.
A operação também contou com a atuação da da Polícia Militar de São Paulo e da Polícia Militar do Paraná.
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