Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta terça-feira (9/4) teve como alvo duas empresas de ônibus de São Paulo, apontadas como intermediárias para lavagem de dinheiro do crime organizado.
A Operação Fim da Linha mira as empresas Upbus e TW. Ambas são remuneradas pela prefeitura e teriam recebido mais de R$ 800 milhões dos cofres públicos somente no ano passado.
De acordo com a investigação as companhias são ligadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e utilizadas para lavar dinheiro do tráfico de drogas e roubos.
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A Transwolff atua na zona sul. Segundo o Ministério Público, a empresa tem 1.111 veículos rodando na cidade e transporta, em média, 613.000 passageiros ou 15,07 milhões por mês.
A UPBUs administra linhas de ônibus na zona leste. São 138 ônibus na cidade, com média diária de passageiros de 67.800 e cerca de 1,68 milhão por mês.
Pelo menos três mandados foram cumpridos, um deles contra Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff, outro contra Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da mesma empresa, que opera na zona sul, e um terceiro contra Joelson Santos da Silva, também sócio da viação e representante de um escritório de contabilidade.
O quarto mandado foi expedido em nome de Silvio Luís Ferreira, o Cebola, sócio da UpBus. Ele está foragido. Segundo o MP, foi preso em flagrante, ainda, Hélio Rodrigues dos Santos por porte de arma de fogo. Ele é funcionário de uma das empresas investigadas
As ações ocorreram na capital, Grande São Paulo e em cidades do interior paulista. No imóvel de um dos dirigentes, foram encontrados diversos fuzis, revólveres, além de dinheiro e joias.
De acordo com o Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, a ação contou com o apoio do Policiamento de Choque e do Centro de Inteligência.
O Correio entrou em contato com as empresas de ônibus e aguarda retorno. A reportagem também tenta contato com a defesa dos acusados. Em caso de resposta, o texto será atualizado.
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