Justiça

Justiça de SP nega novo pedido de prisão do motorista de Porsche

Fernando Sastre Filho responde em liberdade pela morte do motorista de aplicativo Ornaldo Viana

Carros envolvidos no acidente ficaram destruídos  -  (crédito: Reprodução/redes sociais)
Carros envolvidos no acidente ficaram destruídos - (crédito: Reprodução/redes sociais)

A justiça de São Paulo negou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP) para Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista do Porsche que causou um acidente e a morte de um motorista de aplicativo em 31 de março.

O 30º Distrito Policial (DP) de Tatuapé e a Promotoria, alegaram à Justiça que o motorista do Porsche tinha de ser preso sem data para sair, pois poderia coagir testemunhas e fugir do país se continuasse solto. A decisão expedida nesta segunda-feira (8/4) pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, no entanto, argumentou que Fernando se apresentou na delegacia após o acidente, tem endereço fixo, trabalha e não tem antecedentes criminais.

Zanichelli, no entanto, impôs algumas medidas cautelares ao empresário, senda elas: Pagamento de fiança de R$ 500 mil em até 48 horas para garantir uma eventual reparação futura ao amigo ferido e à família de Ornaldo Viana; Suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH); Proibição de sair da cidade por mais de oito dias; Apreensão do passaporte; Entrega do celular em até 24 horas para a perícia verificar as ligações e mensagens que recebeu da mãe dele quando ocorreu o acidente.

Entre outras medidas, o juiz também estipulou que o empresário não pode se aproximar de Marcus Rocha, o amigo e sobrevivente do acidente, nem de testemunhas e familiares por no mínimo 500 metros de distância e está proibido de frequentar o restaurante e a casa de pôquer onde foi antes do acidente.

Pedido de prisão temporária negado na última semana

A Justiça entendeu que ninguém pode ser preso por "clamor público", negando assim, o primeiro pedido de prisão temporária contra Fernando, na última semana. Ao prestar depoimento à polícia, Fernando negou ter fugido do local do acidente e negou estar embriagado. O empresário admitiu que guiava "um pouco acima do limite" da avenida mas não soube informar, no entanto, a velocidade em que estava no momento da colisão.

O acidente

O acidente que deixou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana morto e o amigo de Fernando, Marcus Vinicius Machado Rocha em estado grave ocorreu no último dia 31 de março.

Segundo testemunhas ouvidas pela investigação, Fernando havia ingerido bebida alcoólica e estava em alta velocidade quando atingiu o carro do motorista de aplicativo. Ainda de acordo com informações, o empresário teria fugido do local do acidente sem prestar socorro às vítimas.

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postado em 08/04/2024 23:15 / atualizado em 08/04/2024 23:15
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