O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho aprovou, em decisão no Diário Oficial da União desta segunda-feira (8/4), a presença das Forças Armadas em apoio às ações governamentais na Terra Indígena Yanomami nos estados do Amazonas e Roraima. Os esforços irão até dia 31 de dezembro deste ano.
A portaria prevê o emprego temporário e episódico de 800 militares das forças, com a ativação do Comando Operacional Conjunto Catrimani II. Os objetivos estratégicos da operação incluem interromper o fluxo logístico das atividades de apoio ao garimpo ilegal nas TIs, contribuir para inutilizar a infraestrutura utilizada pelos garimpeiros, apoiar atividades de desenvolvimento comunitário por meio da Casa de Governo, localizada em Boa Vista, Roraima.
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Outras ações envolvendo as Forças Armadas já vinham sendo feitas no território, como a entrega de 15 mil cestas básicas aos povos originários até o fim de março. No mesmo mês, o governo federal editou a Medida Provisória (MP) com crédito extraordinário para suprir e entender as demandas de trabalho nas TIs Yanomami. Os avisos vem após uma série de denúncias recentes sobre a atuação garimpeira ilegal nas Terras Indígenas.
De acordo com o Greenpeace, nos últimos 35 anos, a ação mineradora ilegal nas TIs aumentou 1.217%. Entre a população indígena, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Socioambiental (ISA), 94% dos nativos se encontram com contaminação de mercúrio, metal utilizado no processo de garimpo.
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins
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