O morador acusado de cortar uma corda de segurança que segurava um trabalhador durante a limpeza de um prédio em Curitiba, morreu na madrugada desta sexta-feira (5/4).
O empresário Raul Pelegrin estava detido na Casa de Custódia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, desde o dia 26 de março. Ele foi preso em flagrante pelo crime no dia 14 de março e teve a prisão convertida em preventiva.
Preso faleceu no Hospital Angelina Caron, na região metropolitana de Curitiba. Raul estava internado no hospital desde quinta-feira (4/5) por apresentar dificuldades respiratórias.
A Polícia Penal do Paraná disse, ao Correio, que por volta da 1h30 desta sexta, a Casa de Custódia foi informada sobre o óbito do homem na unidade de saúde. O hospital suspeita de pneumonia como causa da morte.
Justiça foi alertada sobre "risco iminente de morte", diz defesa
A defesa de Raul informou que o cliente enfrentava problemas de dependência química, doença que o acometia já há alguns anos, tendo inclusive já sido internado compulsoriamente. Os advogados Adriano Bretas, Giovanni Moro, Beno Brandão, Alessi Brandão, Khalil Aquim solicitaram a sua liberdade provisória no intuito de possibilitar sua internação em uma clínica particular para tratamento especializado.
Os advogados também alegaram que no pedido de Liberdade Provisória perante o Juízo da Vara do Tribunal do Júri, que Raul estava em "risco iminente de morte" e precisava ser transferido urgentemente para uma clínica particular e que se reuniram com o diretor da Cadeia de Custódia de Piraquara, informando a gravidade da situação.
"O Ministério Público, mais uma vez, mesmo diante da gravidade dos fatos, manifestou-se contrário ao pedido, em uma demonstração clara de insensibilidade", escreveram em nota.
"o pedido da defesa para que o caso fosse corretamente tratado não com prisão, mas, sim, como um caso de doença que necessita de tratamento, perdeu seu efeito. Raul veio a falecer. Os fatos falam por si. Uma pessoa que era acusada de um crime tentado, teve na falta de sensibilidade a sua sentença de morte", concluíram os advogados.
A Polícia Penal do Paraná diz que iniciou diligências administrativas para apurar o caso.
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