A Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e as outras quatro unidades de segurança máxima do Brasil passarão por uma série de mudanças após a fuga de dois detentos. Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram encontrados na quinta-feira (4/4), depois de 50 dias de fuga.
O secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, afirmou ao g1 que, entre as mudanças, estão as trocas de luzes e novas câmeras de monitoramento para todos os presídios de segurança máxima. A Senappen confirmou ainda que muralhas estão sendo construídas nas cinco penitenciárias federais.
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Em Mossoró, local da fuga, as mudanças foram ainda mais significativas. Presos foram transferidos para outras unidades, instalaram-se reforços nas grades das luminárias das celas, além de cursos e treinamentos para policiais penais.
Relembre o caso
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro.
Os presos fugiram por meio de um buraco na luminária das celas, que são individuais. Eles teriam encontrado um alicate da reforma que ocorria no local e fugido a pé. De acordo com a investigação, os dois ficaram ao menos 30 dias sem revista nas celas e a falta de fiscalização possibilitou que eles utilizassem uma espécie de chapa de 20cm para abrir o buraco e deixar o local.
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Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de 500 policiais estiveram envolvidos nas buscas pelos foragidos. O trabalho de recaptura dos criminosos era considerado complexo, porque ocorreu em terreno formado por matas, zonas rurais e com grutas. Os agentes que participaram das buscas utilizam drones, aeronaves e equipamentos que medem a temperatura corporal.
Os fugitivos foram encontrados na cidade de Marabá (PA), após 50 dias de buscas, em ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal e já estão de volta à Penitenciária Federal de Mossoró. Vão ficar em celas separadas.
Quem são os fugitivos recapturados?
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento respondem a mais de 30 processos de homicídio, roubo, tráfico de drogas e organização criminosa. Eles foram transferidos para Mossoró após participarem de uma rebelião em um presídio em Rio Branco que resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.
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