Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram capturados pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (4/4), em Marabá (PA), mais de 1,6 mil quilômetros distante da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, de onde fugiram em 14 de fevereiro. A operação da PF contou com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal. Os criminosos foram encontrados 50 dias após realizarem a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal brasileiro.
Os presos teriam conseguido fugir por meio de um buraco na luminária das celas, que são individuais. Eles teriam encontrado um alicate da reforma que ocorria no local e fugido a pé. De acordo com a investigação, os dois ficaram ao menos 30 dias sem revista nas celas e a falta de fiscalização possibilitou que eles utilizassem uma espécie de chapa de 20cm para abrir o buraco e deixarem o local.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de 500 policiais estiveram envolvidos nas buscas pelos foragidos. O trabalho de recaptura dos criminosos era considerado complexo porque ocorreu em terreno formado por matas, zonas rurais e com grutas. Os agentes que participaram das buscas utilizam drones, aeronaves e equipamentos que medem a temperatura corporal.
Dois dias depois da fuga, os criminosos fizeram uma família refém. Eles invadiram uma casa, onde ficaram por cerca de quatro horas, pediram comida, roubaram um celular e depois foram embora. No mesmo dia, os agentes encontraram roupas, embalagens de comida, lençóis e uma camisa do uniforme da unidade prisional em uma área de mata.
Na segunda semana de março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pontuou que a dupla tinha sido vista, pela última vez, em 2 de março. Durante o período em que estiveram foragidos, Deibson e Rogério teriam recebido ajuda de pessoas do lado de foram do presídio. Ao menos cinco delas foram presas pela PF por colaborarem com os criminosos.
Quem são os fugitivos recapturados?
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento respondem a mais de 30 processos de homicídio, roubo, tráfico de drogas e organização criminosa. Eles foram transferidos para Mossoró após participarem de uma rebelião em um presídio em Rio Branco, no Acre, que resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.
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