Como forma de demonstrar a devoção, religiosos mantêm a tradição de substituir a carne vermelha por peixes na Semana Santa. Os pescados são uma fonte de proteina, vitaminas A e E e gordura boas, no entanto, também são altamente perecíveis, e necessitam de cuidados especiais. O Correio conversou com Carolina Quintans, nutricionista e especialista em consultoria e segurança de alimentos da Qualitá, que explicou formas de escolher um produto de qualidade e dicas na hora do preparo.
As opções são variadas: peixe fresco (acondicionado em gelo), congelado ou salgado. A especialista relata que os cuidados começam na hora da compra. “Para evitar riscos à saúde é fundamental escolher bem os produtos antes de levá-los ao prato. Além do estado dos ambientes de comercialização, existem indícios que devem ser observados para a garantia da sua qualidade. O ideal é optar por comprar nos mercados especializados, onde há uma grande conservação dos alimentos, inspeção e controle da vigilância sanitária. A dica é reparar na limpeza, estrutura de armazenamento, odor e disposição dos pescados”, aponta.
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Na hora da busca, os consumidores devem verificar a cor, o cheiro, a textura e o local de armazenamento que os alimentos estão. “No caso dos peixes frescos, para evitar deterioração, devem estar envolto em gelo. Já em caso dos peixes congelados é necessário apresentar a data de validade. O local de exposição do peixe também precisa indicar uma temperatura abaixo de 4°C sob refrigeração e abaixo de -5°C. Além disso, é importante estar atento na coloração e na presença de cristais de gelo dentro da embalagem, pois são vestígios de que foi congelado e descongelado”, indica.
Opções:
Existem muitas opções populares de peixe , cada um com um benefício. Além disso, os pescados podem ser preparadas de diversas maneiras, se adequando no gosto e paladar de cada indivíduo. Carolina explica as vantagens de alguns deles:
Bacalhau — Rico em proteínas, vitaminas e minerais, como por exemplo: o cálcio e o fósforo. É uma excelente fonte de ômega-3;
Salmão — Também ótima fonte de proteína e ômega-3, sendo benéfico para a saúde do coração e do cérebro. Além disso, é rico em vitamina D e possui propriedades anti-inflamatórias;
Tilápia — É uma opção de peixe de água doce com baixo teor de gordura e uma boa fonte de proteína. Contém ácidos graxos ômega-3 e é uma escolha mais acessível financeiramente;
Pescada — Tem uma carne branca delicada e saborosa. É uma boa fonte de proteína magra, baixa em gordura e rica em nutrientes como selênio, que é importante para a saúde da tireoide.
Dicas na hora de comprar
Carolina Quintans lista também algumas dicas na hora de escolher o melhor produto, de acordo com a opção escolhida pelo consumidor.
Peixe fresco:
- Cheiro — deve ter um cheiro fresco do mar, sem cheiro de amônia ou qualquer odor desagradável;
- Olhos — brilhantes, não opacos;
- Guelras ou brânquias — precisam ter uma cor vermelha ou rosa vibrante e úmida, não acinzentada;
- Pele — firme, brilhante e sem manchas visíveis;
- Escama — firme e bem aderida à pele, sem se soltar facilmente.
Peixe congelado:
- Embalagem — deve estar bem selada, sem sinais de descongelamento prévio ou formação de gelo excessivo;
- Cheiro — mesmo congelado, não deve ter cheiro forte ou desagradável;
- Textura — a carne deve estar firme e intacta, sem sinais de deterioração;
- Validade — observar a validade descrita pelo fabricante na embalagem.
Frutos do mar:
- Cheiro — suave, fresco, sem cheiro forte ou com odor de amônia;
- Textura — firme e elástica, não mole ou pegajosa;
- Cor — brilhante e uniforme, sem manchas escuras.
Com a escolha do peixe feita, é importante estar atento aos cuidados na hora do preparo. De acordo com a especialista, todo processo é importante para uma refeição saborosa. "O preparo começa desde o descongelamento do alimento. Ao optar por peixe congelado, descongele na geladeira de um dia para o outro. Não descongele em temperatura ambiente", explica.
"Na hora do preparo é válido limpar bem o peixe, removendo as vísceras, escamas e qualquer parte indesejada. Pode passar limão para tirar o cheiro mais característico que pode incomodar. Na hora de armazenar, se caso tenha sobra do alimento, guarde na geladeira por até dois dias em recipiente hermético", conclui.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori
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